Comemorado neste sábado (28), o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+ surgiu após a revolta de Stonewall, em 1969, quando inúmeros protestos realizados pela comunidade LGBT tomaram as ruas de Nova York. Nas telas do cinema, casais do mesmo sexo foram representados desde 1985, como em “The Dickson Experimental Sound Film”.
Porém, o primeiro beijo gay só aconteceria em 1927, no filme mudo estado-unidense “Asas”. Primeiro filme a vencer a categoria de Melhor Filme no Oscar, a produção dirigida por William A. Wellman e Harry d’Abbadie d’Arrast acompanha dois homens de diferentes classes sociais que se apaixonam pela mesma mulher durante a Primeira Guerra Mundial.
Apesar da trama do longa ser focada no triângulo amoroso entre os personagens Mary (Clara Bow), Jack (Charles “Buddy” Rogers) e David (Richard Arlen), a crescente amizade entre os pilotos faz com que ambos se beijem em um momento doloroso.
Ao final do filme, Jack acaba beijando seu amigo à beira da morte e desabafa ao seu lado: “Você sabe que não há nada no mundo que signifique tanto para mim quanto a sua amizade”, no que o outro responde: “Eu sempre soube. O tempo todo”.
Em 1971, o filme britânico “Sunday Bloody Sunday” trouxe uma outra perspectiva, agora oficialmente um romance gay e que contava com um beijo apaixonado entre os personagens Daniel Hirsch (Peter Finch) e Bob Elkin (Murray Head). No filme, um médico judeu e homossexual, e uma funcionária pública se envolvem em um triângulo amoroso com Bob Elkin. Apesar de um saber da existência do outro, Daniel e Alex aceitam dividir Bob, principalmente pelo medo de perdê-lo. Mas quando o jovem decide deixar o país, ambos percebem que é tempo para seguir em frente.
Assista a cena de “Asas” (1927):
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