Depois que o portal LeoDias revelou com exclusividade a disputa judicial entre Murilo Ruff e Dona Ruth pela guarda de Leonardo, filho de Marília Mendonça, a adminitração da fortuna e da propriedade intelectual milionária da cantora se tornou um dos principais tópicos de discussão da polêmica.
Dona de uma das carreiras de maior impacto e renome no Brasil, Marília Mendonça continua sendo a dona de alguns dos maiores hits do sertanejo e da música brasileira contemporânea que, segundo a especialista em direito autoral Yasmin Arrighi, pode valer centenas de milhões de reais.
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Primeiramente, a especialista pontua que para calcular o possível valor da fonografia – ou seja, toda forma de gravação das músicas cantadas por Marília Mendonça – completa da cantora, é que preciso entender que hoje ela tem atualmente 335 obras musicais e 444 gravações registradas no banco de dados dp Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) – das quais 60% dos valores seriam destinados ao herdeiro, Leonardo.
As obras não seriam só as canções composta pela sertaneja, mas também composições dela que foram gravadas por outros artistas – e que assim teriam os devidos direitos autorais da cantora – e vice-versa. Sem contar, é claro, com outras formas de outros contratos comerciais firmados por ela em vida.
“Com mais de 400 gravações e músicas inéditas que ainda vão ser lançadas, Maraília Mendonça é sem dúvidas uma das artistas com um dos catálogos mais valiosos do Brasil”, declara.
“Falando de fonograma, estamos falando de toda a arrecadação que Marília Mendonça [ou nesse caso, seus herdeiros] receberia. Eu estimo que o catálogo, as músicas e gravações dela devam valer mais de R$ 300 milhões”
A especialista, porém, destaca que há muitos fatores a serem considerados na hora dessa avaliação. Arrighi explica que, no Brasil, os dados de direitos autorais de músicas, composições e gravações são repassados pela Ecad a uma das sete associações de músicos e compositores no país.
E que, mesmo as associações, não teriam acesso a todos os valores que são repassadas a cada um dos intérpretes e compositores, uma vez que eles se encontram em sigilo devido a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
“Mas é muito relevante nessa história falarmos que a família, os herdeiros envolvidos eles precisam vender por um valor que eles acham razoável. Então pode valer R$ 300 milhões, mas eles talvez conseguiriam vender [os direitos autorais da cantora] pelo dobro devido ao valor emocional e a legião de fãs dela. Ela é uma cantora que já faleceu há alguns anos mas continua absolutamente em alta e absurdamente ouvida [nas plataformas] de streaming”, considera a especialista.
Fonte: Portal LEODIAS