Rússia e Ucrânia negociam paz nesta segunda (2) em meio à piora da guerra

Delegações de Rússia e Ucrânia se reúnem nesta segunda-feira (2) em Istambul, na Turquia, para uma nova rodada de negociações de paz.

Após dias de incerteza sobre se a Ucrânia participaria ou não, o presidente Volodymyr Zelensky anunciou que o ministro da Defesa Rustem Umerov estará presente.

As conversas, propostas pelo presidente russo, Vladimir Putin, renderam até o momento a maior troca de prisioneiros da guerra, mas nenhum consenso sobre como interromper os combates.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exigiu que os dois países façam um acordo e ameaçou se retirar das negociações caso não o fizessem.

Se isso acontecer, a responsabilidade de apoiar a Ucrânia cairia quase que totalmente sobre as potências europeias — que têm muito menos dinheiro e estoques de armas muito menores do que os Estados Unidos.

Trump chamou Putin de “louco” e repreendeu Zelensky em público no Salão Oval da Casa Branca neste ano, mas o presidente dos EUA também disse que acha que a paz é alcançável e que, se o líder russo estiver boicotando as negociações, ele poderá impor sanções duras à Rússia.

Roteiro para a paz

De acordo com Keith Kellogg, enviado de Trump, os dois lados apresentarão na Turquia seus respectivos documentos descrevendo suas ideias para os termos de paz, embora esteja claro que, após três anos de guerra intensa, Rússia e Ucrânia continuam com muitas divergências.

Os negociadores ucranianos apresentarão ao lado russo um roteiro proposto para alcançar um acordo de paz duradouro, de acordo com uma cópia do documento vista pela Reuters.

De acordo com o texto, não haverá restrições à força militar da Ucrânia depois que um acordo de paz for fechado, nenhum reconhecimento internacional da soberania russa sobre partes da Ucrânia tomadas pelas forças de Moscou e reparações para o país comandado por Zelensky.

O documento também afirma que a localização atual da linha de frente será o ponto de partida para as negociações sobre o território.

Atualmente, a Rússia controla um pouco menos de um quinto da Ucrânia, ou cerca de 113.100 quilômetros quadrados.

Em junho do ano passado, Putin estabeleceu seus termos iniciais para um fim imediato da guerra: A Ucrânia deve abandonar suas ambições na Otan, a aliança militar ocidental, e retirar todas as suas tropas de todo o território de quatro regiões ucranianas reivindicadas e controladas principalmente pela Rússia.

Os Estados Unidos dizem que mais de 1,2 milhão de pessoas foram mortas e feridas na guerra desde 2022.

Intensificação da guerra

Na véspera das negociações de paz, a Ucrânia e a Rússia aumentaram drasticamente a guerra com uma das maiores batalhas de drones do conflito e um ambicioso ataque a bombardeiros com capacidade nuclear na Sibéria.

A Ucrânia atacou bombardeiros russos de longo alcance com capacidade nuclear em uma base militar na Sibéria, o primeiro ataque desse tipo até agora a partir das linhas de frente, a mais de 4.300 km de distância.

Um funcionário da inteligência ucraniana disse que 40 aviões de guerra russos foram atingidos e que o prejuízo estimado passa de US$ 7 bilhões.

Veja imagens dos drones usados no ataque:

Antes disso, a Rússia lançou 472 drones contra a Ucrânia durante a madrugada de domingo, segundo a força aérea ucraniana, a maior ofensiva noturna da guerra até o momento. Também foram lançados sete mísseis, de acordo com a força aérea.

A Rússia pontuou que avançou ainda mais na região de Sumy, na Ucrânia, e mapas pró-ucranianos de fonte aberta mostraram que o Exército de Vladimir Putin tomou 450 quilômetros quadrados de terras ucranianas em maio, o avanço mensal mais rápido em pelo menos seis meses.

Além desses acontecimentos, pelo menos sete pessoas morreram e 69 ficaram feridas quando uma ponte rodoviária na região russa de Bryansk, vizinha da Ucrânia, foi explodida sobre um trem de passageiros que ia para Moscou com 388 pessoas a bordo, segundo a Rússia.

Ninguém reivindicou a responsabilidade sobre esse caso.

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