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Selic de 15% mantém renda fixa como “favorita” nos investimentos

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Selic de 15% mantém renda fixa como “favorita” nos investimentos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou o aumento da taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto porcentual, para 15% ao ano. A decisão foi diferente da aposta majoritária das instituições finnanceiras.

Com isso, como ficam os investimentos? Leia a seguir os principais destaques dos especialistas ouvidos pelo Broadcast Investimentos.

Renda fixa, o carro-chefe

Com os níveis atuais da Selic, a Renda Fixa segue sendo a queridinha dos investimentos brasileiros, devido ao baixo risco e ao alto retorno. Caio Camargo, estrategista de investimentos do Santander, afirma que a renda fixa deve compor todas as carteiras, independentemente dos perfis.

“Recomendamos a renda fixa em todas as carteiras e em todos os perfis. Estamos num momento mais otimista em relação à renda variável internacional, mas ainda com bastante cautela. Temos um cenário ainda incerto, tanto no curto quanto no médio prazo, tanto no Brasil quanto no mundo.” afirma Camargo.

Gustavo Okuyama, especialista em renda fixa da Porto Asset, ressalta as vantagens deste mercado frente ao de ações, especialmente em períodos de desaceleração econômica. Ele argumenta que, em conjunturas como a atual, a renda fixa se apresenta como uma alternativa mais segura.

E renda variável? 

Para Gustavo Harada, executivo responsável pela área de Alocação da Blackbird Investimentos, a Bolsa brasileira ainda está barata e tem muito potencial de valorização, mas não é hora de priorizar a alocação somente em ações.

“Hoje enxergamos uma assimetria grande em relação a alguns valuations, até por isso mesmo que vejo como oportunidade de incremento, de começar a aumentar de leve e aos poucos a exposição em renda variável. Não acho que é o momento também de você virar 100% e alocar todo recurso em renda variável, mas sim um aumento gradual aproveitando essas oportunidades”, diz Harada.

Já Okuyama acrescenta que quando se pensa em um horizonte mais de médio e longo prazo, é sempre interessante ter um componente de Bolsa. Para ele, uma porcentagem seria algo entre 5% a 10% dos recursos nesta categoria de investimento.

O estrategista de investimentos do Santander aconselha que, ao colocar recursos na Bolsa, se opte por setores mais defensivos. “Num primeiro momento, aquelas empresas de setores um pouco mais defensivos, geradoras de caixa, ou do setor de energia, instituições financeiras, isso tende a performar um pouquinho melhor”, diz Camargo.

E o investimento no exterior…

O estrategista de investimentos do Santander afirma que investir no exterior é uma forma interessante de diversificar. Para ele, “é sempre importante diversificar a carteira, não só em termos de ativos, mas estar exposto a uma outra economia.

“Há empresas brasileiras que são grandes exportadoras e, assim, têm receita dolarizada. Então, o investidor pode ter dois caminhos: investir lá fora ou investir nessas empresas que têm fluxo de caixa lá fora.”, diz Caio Camargo.

Outro ponto destacado pelo estrategista do Santander é aproveitar a depreciação do dólar, que passou de R$ 6,30 para R$ 5,50, e “mandar alguma parcela de recursos ‘para fora’”. Ele menciona que uma boa oportunidade de investimento é o setor de tecnologia, como a Nvidia, que surpreendeu em seu último balanço.

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