Servidores denunciam falhas nos sistemas do INSS: “Atrasa tudo”

Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) denunciam falhas recorrentes no funcionamento de sistemas do órgão. Levantamento obtido pelo Metrópoles mostra que as plataformas ficaram fora do ar por mais de 51 horas entre 22 de maio e 23 de junho.

De acordo com dados técnicos (veja imagens abaixo), foram registradas 51 horas e 17 minutos de instabilidade ao longo de 23 dias úteis.

A reportagem procurou o INSS e a Dataprev e aguarda respostas. O espaço segue aberto.

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Material cedido ao Metrópoles

A instabilidade dos sistemas do instituto ocorre após a revelação do esquema de cobranças de mensalidades associativas irregulares contra aposentadorias e pensões de segurados do INSS. O caso foi revelado pelo Metrópoles.

Entenda o caso revelado pelo Metrópoles

  • Em março de 2024, o Metrópoles revelou, a partir de dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), que 29 entidades autorizadas pelo INSS a cobrar mensalidades associativas de aposentados tiveram um salto de 300% no faturamento com a cobrança, no período de um ano, enquanto respondiam a mais de 60 mil processos judiciais por descontos indevidos.
  • A reportagem analisou dezenas de processos em que as entidades foram condenadas por fraudar a filiação de aposentados que nunca tinham ouvido falar nelas e, de uma para outra, passaram a sofrer descontos mensais de R$ 45 a R$ 77 em seus benefícios, antes mesmo de o pagamento ser feito pelo INSS em suas contas.
  • Após a reportagem, o INSS abriu procedimentos internos de investigação, e a Controladoria-Geral da União (CGU) e a PF iniciaram a apuração que resultou na Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quarta-feira.
  • As reportagens também mostraram quem são os empresários por trás das entidades acusadas de fraudar filiações de aposentados para faturar milhões de reais com descontos de mensalidade. Após a publicação das matérias, o diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, foi exonerado do cargo.

Falha nos sistemas

As interrupções ocorreram em dias úteis e durante o horário de expediente, o que, segundo os servidores, comprometeu gravemente o atendimento ao público e o trabalho interno da autarquia.

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Em 9 de junho, por exemplo, os sistemas do INSS ficaram inoperantes por mais de seis horas. Falhas também foram registradas durante a madrugada dos dias 10 e 11 de junho.

“Trabalhar com sistemas instáveis é angustiante. Perdemos muito tempo parados diante do computador, esperando que tudo volte ao normal”, relatou uma servidora do INSS, sob condição de anonimato.

Ainda segundo ela, a falta de um sistema estável prejudica a produtividade no reconhecimento de direitos: “Isso atrasa tudo, a produtividade no reconhecimento de direitos. Todos sofrem com isso: servidor e população”.

Sindicato fala em “colapso digital”

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no Rio Grande do Sul (Sindisprev RS) afirmou que “o INSS opera hoje sob um regime de colapso digital”.

“Essas interrupções, embora normalizadas pelos gestores, não são meras instabilidades técnicas: elas impactam diretamente a vida de milhões de brasileiros que dependem de serviços previdenciários e sociais, atrasam análises de benefícios e impedem a execução de tarefas básicas pelos servidores”, destacou o sindicato.

Os servidores defendem uma melhoria na infraestrutura e sistemas funcionais do INSS. “Não há como garantir direitos sociais nem prestar um serviço público com dignidade”, afirmam.

O sindicato também criticou a cobrança por metas em meio às falhas operacionais:

“Exigir produtividade em um cenário de instabilidade recorrente é transferir a responsabilidade do Estado para os trabalhadores da linha de frente — e penalizar a população mais vulnerável”.



Fonte: Metrópoles

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