Sorridentes e surfando na vitaliciedade de seus cargos – e salários acima de R$ 70 mil mensais -, os conselheiros do Tribunal de Contas que chegaram ali por indicação do ex-governador petista Jorge Viana não fazem a menor cerimônia ao posar para a selffie 24 horas após sofrerem uma vergonhosa derrota imposta pelo Poder Judiciário. Dulce Benício, advogada e presidente da corte, está à mesa com os colegas – ladeados do que foi apontado como principal articulador político da era vianista no Acre, o “Carioca”. Naluh Gouveia e Polanco, assim como os demais, calaram diante da decisão do desembargador Luiz Camolez, para quem é inconstitucional a determinação de Dulce para afastar o secretário de Educação, Aberson Carvalho. Pareceu insurgência ou certeza da impunidade? É certo que a aparição do quinteto, no que parece ser um restaurante, logo após o revés sofrido pelo TCE, alimenta a fortíssima suspeita de que o TCE, de fato, foi transformado em “concleve petista”, como está sendo batizada a imagem viral nas redes sociais.
A “reunião informal” seria para definir os próximos passos da ofensiva aberta contra o governo do Acre, diz conteúdo áspero difundido nas redes sociais, que nomina os asseclas dos Viana.
“Da esquerda para a direita: a ex-deputada Naluh Gouveia, que costumava chamar o Tribunal de Contas do Estado do Acre de “tribunal de faz de conta” — até ser nomeada conselheira e passar a receber salário superior a R$ 70 mil; o professor Francisco Carioca Nepomuceno, mais conhecido por suas ausências nas salas de aula da Ufac do que por sua atuação acadêmica; a ex-chefe de gabinete do ex-governador Jorge Viana, Dulcinéia Benício, indicada conselheira pelo próprio líder petista e hoje presidente do TCE; o ex-deputado petista Ronald Polanco, também nomeado conselheiro; e Irailton Lima, que ocupou diversos cargos nos governos petistas e hoje atua como assessor de alto escalão da presidência do tribunal”.
Nesta quinta-feira, dia de sessão, o TCE pode por em pauta, para avaliação do Plenário, o ato fatídico de Dulce, o que, na verdade, independente do que encaminhado, está sacramentado como ilegítimo, ilegal e motivado pelos mandos do ex-governador e pela servidão vergonhosa da presidente da corte e seus pares.