A empresa Maia Pimentel, terceirizada responsável pela reforma do reservatório de água do Condomínio Via Parque, foi cobrada a fornecer equipamentos de proteção individual, no caso máscaras, aos dois pintores que morreram em serviço, há cerca de três semanas. Os trabalhadores deveriam ter iniciado a obra devidamente protegidos, o que não aconteceu. O pedido foi feito por um pintor profissional que sublocou a obra pagando R$ 100, a diária para cada trabalhador. A reportagem conversou no início da noite desse domingo com ele, que, atendendo orientação de um advogado, não deu declarações sobre o assunto (ouça abaixo).
A reportagem apurou que a terceirizada pediu “um tempo”, cerca de uma semana e meia, para entregar as máscaras. O sublocador da obra também não quis se pronunciar quando questionado sobre por qual motivo ele permitiu que os dois “amigos” entrassem no reservatório de 30 metros sem proteção. As vítimas desmaiaram e caíram do primeiro pavimento após serem intoxicadas por um removedor de tintas altamente tóxico. O produto era usado para preparar a estrutura do reservatório, que é de metal.
As famílias das duas vítimas pedem reparação judicial pelo que acredita ter sido “um erro grave que custou a vida” dois dois pintores. Ainda abalado, seu Dionélio Magalhães, pai de uma das vítimas, se vale da cobertura da imprensa no dia da tragédia, quando os bombeiros haviam dito que os EPIs haviam sido fornecido, mas durante a remoção dos corpos não foram encontrados equipamentos de proteção. Ouça abaixo