Uso de ansiolíticos e sedativos pode aumentar risco de ELA em até 34%

Pessoas que usam ansiolíticos, sedativos ou antidepressivos podem ter uma probabilidade ligeiramente maior de desenvolver esclerose lateral amiotrófica (ELA). A conclusão vem de um estudo do Instituto Karolinska, na Suécia, que analisou quase 9 mil indivíduos.

O risco aumentou 34% para quem usava frequentemente ansiolíticos, 21% para hipnóticos e sedativos e 26% para antidepressivos. O uso de pelo menos duas prescrições de remédios psiquiátricos antes do diagnóstico de esclerose elevou a chance de ter a doença, fazendo com que o risco subisse cerca de 60%.

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Apesar dos números, os médicos ressaltam que mesmo entre as pessoas que usam remédios psiquiátricos a prevalência ainda é de uma doença rara, com cerca de 9 casos para cada 100 mil pessoas.

O estudo não sugere que pessoas interrompam medicamentos, mas reforça a necessidade de acompanhamento integrado.

O estudo foi feito acompanhando hábitos de saúde de todas as pessoas que foram diagnosticadas com ELA entre 2015 e 2023 na Suécia (1.057), tendo ainda um grupo controle de cinco pessoas sem a doença para cada uma que foi diagnosticada.

“O aumento do risco é pequeno em termos absolutos, mas essas ligações podem melhorar nossa compreensão da ELA e suas relações com a química do cérebro”, diz o estudo.

Cautela antes de culpar ansiolíticos pela ELA

A neurologista Susannah Tye, da Universidade de Queensland, não participou do estudo, mas publicou uma análise comentando os resultados. Ela alerta que embora os números indiquem uma coincidência, eles não provam causalidade.

“Os próprios transtornos psiquiátricos estão ligados a estresse crônico e inflamação do cérebro, fatores que também podem contribuir para a ELA. Ignorar sintomas psiquiátricos pode ser mais prejudicial do que o risco observado”, explica.

Ela ressalta que tratar problemas de saúde mental adequadamente pode ter efeito neuroprotetor. “Medicamentos bem administrados, junto com terapia e mudanças no estilo de vida, podem reduzir a carga biológica do estresse”, afirma.

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Fonte: Metrópoles

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