A sonhada ferrovia: governos brasileiro, peruano e chinês incluem o Acre em corredor de exportações ao mercado asiático

Enfim, começou a sair do papel a tão esperada ferrovia que vai ligar os
oceanos Atlântico e Pacífico, passando pelo Acre até o porto de Chancay, no Peru. Os
governos do Brasil e da China assinaram ontem, (7), uma parceria para permitir a ligação
entre o território brasileiro e o porto de Chancay, no Peru, a fim de facilitar as exportações para a Ásia, especialmente para a China, reduzindo o tempo de transporte e os custos.

O acordo ainda não é para a construção efetiva, mas para os estudos técnicos necessários, o que já é o pontapé inicial da longa jornada que será a implantação da ferrovia, que é vista como prioritária pelo Brasil, China e Peru. O projeto inicial prevê que a ferrovia vai sair da Bahia, passará pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre,
até chegar ao Peru. Ainda não há estimativas em relação ao custo da ferrovia, o que será orçado durante os estudos.
Traçado inclui saída pelo Acre a partir de Rio Branco, o projeto ferroviário prevê a construção de um traçado que cruzaria Rondônia, nas proximidades da BR-364, até
chegar a Mato Grosso, onde já está em construção parte da Fico (Ferrovia de Integração Centro-Oeste).
Esta malha, ligada à Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), cruzaria Goiás e entraria na Bahia, para terminar nas margens do porto Sul de Ilhéus. Ao todo, são aproximadamente 4,5 mil km de ferrovias neste traçado.
O corredor ferroviário é visto como um dos maiores projetos logísticos do mundo,
com potencial de reduzir em até dez dias o tempo de transporte de cargas entre os portos
brasileiros do Atlântico e os mercados asiáticos, via porto de Chancay. Estima-se que cerca de US$ 350 bilhões por ano em exportações brasileiras tenham como destino a China,
dos quais 60% correspondem a minério de ferro e soja.
Do lado brasileiro, o chamado memorando de entendimento foi assinado pela Infra
S.A – empresa, vinculada ao Ministério dos Transportes-, e, pelo lado chinês, foi assinado
pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Econômico China Railway.
A cerimônia ocorreu de maneira virtual. Na sede do ministério, em Brasília, estavam integrantes do governo e da embaixada da China. Os
representantes do instituto chinês participaram por videoconferência.
Projeções do governo do Peru dão conta de que é possível reduzir de 40 para 28
dias o tempo necessário de deslocamento da carga entre
os dois continentes. O porto de Chancay foi financiado
pelo governo chinês e inaugurado em 2024 pelo presidente Xi Jinping.
O porto integra a iniciativa “Cinturão e Rota”, conhecida
como “Nova Rota da Seda”. O governo brasileiro não aderiu
formalmente à iniciativa — que prevê investimentos chineses na área da infraestrutura
em vários países do mundo. Recentemente, líderes de
países da América Latina se encontraram com Xi Jinping
na China para tentar aproximar a região dos investimentos chineses.
O entendimento do governo Lula é que, como a China já
é o principal parceiro comercial do Brasil e já faz volumosos
investimentos no país, não há necessidade de adesão formal à
Nova Rota da Seda. Além disso, Brasil e China integram grupos
multilaterais que permitem a discussão de parceria econômica, a exemplo do Brics.

A Tribuna e G1

Elche x Athletic Bilbao: horário e onde assistir ao jogo da LaLiga

Em jogo válido pela nona rodada da LaLiga, Elche e Athletic Bilbao medem forças neste domingo (19), às 09h (de Brasília). O confronto coloca...

“No Kings”: Entenda os protestos contra Donald Trump nos EUA

Enquanto o presidente Donald Trump chegava ao seu desfile militar em Washington, DC, em junho, ao som de uma salva de 21 tiros e...

Morre Sam Rivers, baixista do Limp Bizkit, aos 48 anos

O baixista Sam Rivers, do grupo de rock Limp Bizkit, morreu aos 48 anos, segundo comunicado publicado no perfil da banda neste sábado (18)....