Abel Ferreira detonou a arbitragem do jogo entre Corinthians e Palmeiras, desta quarta-feira (30). Para o comandante alviverde, o árbitro Wilton Pereira Sampaio e o VAR decidiram o jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, na Neo Química Arena, em São Paulo.
“É triste perceber que tu olhas e não acreditas naquilo que estás a ver, quando tu não acreditas naquilo que estás a ver…”, afirmou Abel. “A CBF tem muito trabalho para fazer naquilo que tem que ver com o VAR, porque o jogo hoje quer a gente quer a queira não foi decidido por dois lances do VAR”, completou.
Ele se refere a lances em que, na visão dele, o árbitro deixou de marcar faltas claras — uma delas, um empurrão no meio-campista Lucas Evangelista.
“Não viu isso, nem viu o empurrão nas costas do Lucas Evangelista, mas está certo, se ele não viu não tem que marcar, isso está certo. Se o árbitro que está a dois metros não viu e o VAR nem sequer chamou também, está certo”, disse o treinador com pesar.
Ele ainda questiona a precisão da tecnologia do VAR, principalmente na escolha do “frame” (quadro da imagem) usado para definir o momento do toque na bola em lances de impedimento.
“O mesmo VAR marcou um pênalti, o mesmo VAR invalidou o gol. Toda a gente olha para as linhas, mas eu não olho para as linhas, olho para o momento em que o frame para. Olho quando a bola é tocada. A bola está no ar. Isso é muito mal, ainda mais assistir isso da televisão. Muito mal”, desabafou.
Ele finalizou dando a entender que a tecnologia usada pela Confederação Brasileira de Futebol é atrasada.
“Vocês sabem da qualidade da tecnologia para avaliar essas linhas. A única coisa que posso dizer é que foram duas situações que o senhor Wilton estava em cima do lance e não marca pênalti. Só isso que posso dizer. Estamos no século XXI e trabalhamos com ferramenta do século passado”, completou.