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Anticoncepcional é alvo de processo por risco de tumor cerebral

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Anticoncepcional é alvo de processo por risco de tumor cerebral

O uso de um anticoncepcional hormonal injetável vendido sob a marca Depo-Provera está no centro de um processo judicial nos Estados Unidos.

De acordo com um estudo publicado na revista científica Expert Opinion on Drug Safety em 3 de julho, mulheres que usaram o medicamento apresentaram um risco maior de desenvolver meningioma em comparação com aquelas que utilizaram contraceptivos orais.

O que é um meningioma?

O princípio ativo do Depo-Provera é o acetato de medroxiprogesterona, administrado por injeção a cada três meses. Trata-se de um método de contracepção hormonal adotado por milhões de mulheres em diversos países.

“Temos atendido clientes com AVC, distúrbios convulsivos, deficiências cognitivas e outros danos. A cirurgia também pode ser desafiadora, e alguns tumores não são operáveis devido à sua localização e tamanho”, afirmou o advogado Chris Paulos à revista People. Ele representa parte dos pacientes que moveram ações e foi nomeado um dos responsáveis pelo processo coletivo relacionado ao Depo-Provera nos Estados Unidos.

Segundo o profissional, a gravidade dos efeitos relatados e a duração do uso do anticoncepcional justificam o volume de processos individuais e a abertura de uma ação coletiva contra a fabricante.

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Uso prolongado pode elevar risco em até cinco vezes

Outro estudo, publicado em março de 2024 no British Medical Journal, reforça a associação entre o uso da substância e o aparecimento de tumores. A pesquisa aponta que mulheres que utilizaram o acetato de medroxiprogesterona por um ano ou mais apresentaram risco até cinco vezes maior de desenvolver meningioma.

Outro levantamento publicado em setembro de 2024, conduzido por pesquisadores da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, comparou diferentes formas de administração do hormônio.

A pesquisa concluiu que a versão injetável esteve associada a um aumento de 53% na probabilidade de ocorrência do tumor, enquanto a forma oral não demonstrou a mesma relação.

Debate chega à Justiça americana

A farmacêutica Pfizer, responsável pela produção do Depo-Provera, é alvo de diversas ações judiciais nos Estados Unidos movidas por pacientes que relatam efeitos adversos relacionados ao uso do anticoncepcional.

Em nota ao Metrópoles, a fabricante afirmou que não comentaria o estudo, por não ser de sua autoria, mas detacou sua confiança no remédio. Para eles, o perfil de segurança do Depo-Provera segue bem estabelecido.

“A empresa reafirma a segurança e a eficácia do Depo-Provera, que já foi utilizado por milhões de mulheres em todo o mundo e continua sendo uma opção importante de tratamento para mulheres que desejam gerenciar sua saúde reprodutiva. A bula atual do produto contempla todos os potenciais eventos adversos do medicamento e segue as orientações das agências regulatórias do Brasil e do mundo”, afirmou a Pfizer.

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Fonte: Metrópoles

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