A mais recente pesquisa da Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 203 deputados federais, cerca de 40% da Câmara, e aponta um cenário de crescente insatisfação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A sondagem mostra que 46% dos parlamentares avaliam negativamente a atual gestão, enquanto apenas 27% mantêm uma visão positiva. Outros 24% consideram o governo “regular” e 3% não souberam opinar. A margem de erro é de 4,5 pontos percentuais.
Essa é a pior avaliação do governo Lula desde o início do mandato em 2023. O índice negativo subiu 13 pontos desde agosto daquele ano, enquanto o positivo caiu 8. Em 2023, 35% avaliavam positivamente o governo; agora, esse número caiu para 27%.
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A rejeição ao governo subiu de forma mais acentuada entre os deputados independentes. Nesse grupo, o índice de avaliação negativa passou de 20% para 44% em dois anos, enquanto o apoio caiu de 18% para 8%. Já entre os parlamentares de oposição, 96% veem o governo de forma negativa, enquanto nenhum o avalia positivamente. Na base governista, 71% seguem favoráveis à gestão Lula, e apenas 2% apontam avaliação ruim.
Quando a análise é regional, o Nordeste apresenta a única exceção ao domínio das avaliações negativas: há um empate técnico, 37% de aprovação contra 33% de reprovação. No Sudeste, 51% dos deputados criticam o governo; no Sul, esse índice é de 57%, e no Centro-Oeste e Norte, 47%.
A pesquisa também mediu a expectativa para as eleições de 2026. A maioria dos deputados, 68%, acredita que Lula será candidato à reeleição. Porém, metade dos entrevistados, 50%, considera que um nome da oposição tem mais chances de vencer o pleito. Apenas 35% apontam o presidente ou seu sucessor como favorito.
Entre os nomes da oposição, o mais citado espontaneamente como possível candidato à Presidência é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lembrado por 49% dos parlamentares. Jair Bolsonaro, mesmo inelegível, aparece em segundo lugar, com 13%. Michelle Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Ratinho Júnior, Ronaldo Caiado e Flávio Bolsonaro também foram mencionados.
Por fim, quando perguntados sobre os principais problemas do país, 31% dos deputados apontaram a economia. A violência subiu significativamente no radar dos parlamentares: de 7% em 2023 para 23% agora. Corrupção está com 16% e temas sociais, 10%.
O levantamento foi feito entre 7 de maio e 30 de junho deste ano, de forma presencial e online, com amostragem proporcional por região e orientação partidária, segundo o projeto Brazilian Legislative Surveys.
Fonte: Portal LEODIAS