Pelo menos 33 pessoas ficaram feridas após a Rússia lançar bombas planadoras em um bairro residencial em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, informaram autoridades nesta quinta-feira (24).
O governador regional, Oleh Syniehubov, afirmou que entre os mais de 30 feridos havia uma criança de 10 anos, duas de 17 anos e uma criança de 28 dias, feridas no ataque com duas bombas, que danificou um estabelecimento comercial, um prédio de apartamentos e carros em um distrito ao norte.
Uma espessa fumaça preta subia do local, para onde moradores atordoados fugiram, alguns segurando crianças pequenas, e as chamas consumiram carros estacionados.
A Rússia, que nega ter como alvo civis, intensificou os ataques aéreos contra cidades ucranianas localizadas atrás da linha de frente de sua guerra, matando dezenas desde que as negociações de paz foram paralisadas no início deste ano.
Bombas planadoras têm sido particularmente devastadoras em áreas mais próximas do campo de batalha devido à sua devastação e alcance. Promotores regionais disseram que o ataque de quinta-feira foi lançado a quase 100 quilômetros de distância.
Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, tem sido alvo frequente de ataques desde que as tropas do Kremlin recuaram de seus arredores em 2022.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.