BC “não dá cavalo de pau” na economia, diz Galípolo

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou a uma mesa de parlamentares e representantes da iniciativa privada nesta terça-feira (8) que a autoridade monetária “nunca dá cavalo de pau em nada”.

Galípolo destacou que o papel da autoridade monetária como instituição é zelar pela estabilidade, mas que não pode se omitir diante de distorções e mudanças estruturais na economia.

“Banco Central nunca tem cavalo de pau em nada. A autoridade monetária jamais dá cavalo de pau em nada. A autoridade monetária é aquela instituição que precisa garantir estabilidade, normalidade. Mas ficar impassivo, ficar sem fazer nada, vai ser muito perigoso”, disse em almoço com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).

Galípolo ouviu críticas dos congressistas e representantes empresariais quanto ao patamar da taxa selic, em 15% desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) — o maior em 20 anos e a segunda taxa mais elevada do mundo.

Galípolo ainda reiterou que a função da taxa de juros é estar em um patamar “restritivo o suficiente, pelo período necessário” para atingir a meta de inflação.

Nesse sentido, o presidente do BC também já está conformado de que assinará, ainda neste ano, sua segunda carta de descumprimento da meta de inflação, sendo o primeiro presidente a entregar o documento duas vezes seguidas.

“Eu estou chegando faz só seis meses e já estou acumulando de ser o primeiro presidente do Banco Central que assina duas cartas de descumprimento de meta em seis meses. Eu assinei uma carta de descumprimento de meta em janeiro e vou assinar uma carta de descumprimento de meta em junho”, afirmou aos deputados, senadores e representantes da iniciativa privada.

A meta de inflação definida pelo Comitê Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos. No entanto, de acordo com os dados oficiais medidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em 5,32% no acumulado em 12 meses terminados em maio. Os dados do primeiro semestre serão divulgados nos próximos dias.

O presidente do BC é obrigado a explicar ao ministro da Fazenda quando a autoridade monetária não consegue atingir a meta ou ficar dentro da margem de tolerância por seis meses. Em janeiro, Galípolo já havia escrito uma carta sobre o descumprimento da meta. Na ocasião, a inflação fechou 2024 em 4,83%.

“A meta é três. Eu não recebi uma sugestão ou um conselho, é um decreto que definiu que a meta é três. […] Cumprir bem essa meta — não a banda, a meta — é três, a meta é três, a meta é três. É essa a meta que eu tenho que observar”, disse Galípolo.

O BC utiliza a taxa básica de juros como um motor para aquecer ou esfriar a economia e manter a inflação em um patamar sustentável para as pessoas físicas e investidores no Brasil.

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