A três dias do prazo final para a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, as negociações entre os dois países permanecem estagnadas. O Brasil intensifica esforços diplomáticos para estabelecer um canal de diálogo com as autoridades americanas.
Fernando Haddad reiterou que o Brasil permanecerá disposto a negociar, enquanto Geraldo Alckmin mantém contato permanente com autoridades americanas. Uma comitiva de senadores brasileiros em Washington tenta estabelecer pontes de comunicação.
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O governo brasileiro sinalizou que Mauro Vieira, que cumpre agenda na ONU em Nova York, poderia se deslocar a Washington para encontros com representantes americanos.
Paralelamente, senadores solicitaram à Câmara de Comércio Norte-Americana auxílio para viabilizar um contato entre Lula e Donald Trump.
Uma possível flexibilização surge através do Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), que considera estabelecer tarifas diferenciadas para alimentos. A medida visa evitar impactos inflacionários nos EUA e poderia beneficiar produtos como café, frutas tropicais, frutos do mar e suco de laranja.
Trump indicou a possibilidade de uma tarifa base entre 15% e 20% para países que não estabelecerem acordos comerciais até sexta-feira (1º), embora não tenha especificado se essa taxa se aplicaria a todos os casos, incluindo o Brasil.
O país também busca isentar a Embraer das novas tarifas.