Em um desfecho de generosidade, o jovem Lucas da Silva de 19 anos, que faleceu no domingo (20) após ser vítima de envenenamento por um bolinho de mandioca em São Bernardo do Campo, teve seus órgãos doados.
A Prefeitura de São Bernardo, através da Secretaria de Saúde, confirmou que “o corpo do jovem Lucas foi enviado para o Hospital de Clínicas de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (21), para captação de órgãos para doação. Em um gesto de extrema generosidade, a família autorizou a doação de todos os órgãos que fossem viáveis e foram doados córneas e rins“.
Lucas ficou internado por 10 dias em estado grave desde o último dia 11 de julho e sua morte foi constatada por morte encefálica.
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Investigação
A investigação da Polícia Civil de São Paulo aponta o padrasto, Ademilson Ferreira dos Santos, como principal suspeito. A delegada Liliane Lopes Doretto revelou inconsistências nos depoimentos de Ademilson. Ele teria sido o único a manipular e entregar os bolinhos.
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A motivação do crime seria ciúme excessivo e possessividade, porque Lucas planejava iniciar um relacionamento e se mudar. Ademilson chegou a confessar o uso de “chumbinho”, mas os médicos inicialmente apontaram outra substância, a partir de uma lesão na língua inconsistente com esse veneno.
Ademilson foi preso temporariamente e deve ser indiciado por homicídio triplamente qualificado, com qualificadoras de motivo torpe, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima.
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A Polícia Civil aguarda os laudos toxicológicos para determinar a substância exata. O caso segue em apuração no 8º Distrito Policial de São Bernardo do Campo.