O Festival de Cinema de Gramado, em sua 53ª edição, ganhou novos contornos. Sob a curadoria do ator e diretor Caio Blat, ao lado do jornalista Marcos Santuario, o evento segue prosperando.
A presença de Blat, que há décadas integra o cenário audiovisual brasileiro, imprime um olhar contemporâneo à programação do evento, marcado por homenagens históricas e estreias de impacto.
Caio Blat escracha descontentamento com exibição de ‘Beleza Fatal’ na Band
No lançamento oficial, na noite de terça-feira, 15 de julho, Blat apresentou ao público e à imprensa os principais nomes e produções que estarão em evidência. O Festival ocorrerá de 13 a 23 de agosto na Serra Gaúcha. O ator, destaque no teatro, TV e cinema, agora amplia sua atuação ao assumir papel estratégico na seleção e no direcionamento artístico do festival.
Ao lado da presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk, Caio Blat revelou as obras selecionadas e homenagens desta edição. Sua participação na curadoria sinaliza dessa forma uma renovação no posicionamento do festival, que volta a ocupar espaço de destaque nas discussões culturais do país e atrai novamente a atenção do mercado audiovisual.
Essa edição também reforça o papel do festival como vitrine para lançamentos nacionais com forte apelo social, como por exemplo a série “Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente”.
A série trata da epidemia de AIDS nos anos 1980 e terá seu primeiro episódio exibido em Gramado, antes de estrear na HBO Max.
Edson Celulari dirige seu primeiro longa, exibido em Gramado
Outro nome que chama atenção na programação é Edson Celulari. Isso porque o ator, com extensa trajetória na TV e no cinema, surpreende ao estrear como diretor de longa-metragem. Seu primeiro filme terá exibição durante o Festival de Gramado, consolidando assim uma nova fase de sua carreira artística.
A obra dirigida por Celulari – “Zona de Risco” – marca um momento simbólico. Isso porque, após décadas em frente às câmeras, o ator agora assume o comando criativo por trás delas, em um movimento que reflete a maturidade de sua atuação no audiovisual brasileiro.
A escolha do festival para essa estreia não é por acaso. Gramado tem tradição em acolher obras autorais bem como servir de palco para debutes importantes. Ao exibir o filme de Edson Celulari, reafirma sua vocação principalmente para ser mais do que um espaço de premiação — é também território de transformação e redescoberta profissional.
Com essa estreia, o ator se junta a outros nomes do cinema nacional que migraram com sucesso da atuação para a direção, como Lázaro Ramos e Wagner Moura. A expectativa em torno da exibição é alta, principalmente entre os fãs de sua trajetória e os interessados na renovação do cinema nacional.
Trio de homenageados reforça prestígio do evento
A edição 2024 também terá três homenagens especiais que celebram trajetórias fundamentais no audiovisual brasileiro. Rodrigo Santoro receberá o Kikito de Cristal na noite de abertura, dia 15 e agosto.
O ator, que completa 50 anos em agosto, será celebrado por sua carreira internacional e constante presença no cinema nacional. Após a homenagem, será exibido seu filme mais recente, “O Último Azul”, vencedor do Urso de Prata em Berlim.
Mariza Leão, referência na produção audiovisual, será homenageada com o Troféu Eduardo Abelin. Com meio século de atuação, ela assinou sucessos como “De Pernas Pro Ar” e “Meu Nome Não É Johnny”, além de obras de grande valor histórico como “Guerra de Canudos”.
Sua carreira atravessa o cinema e o streaming com igual impacto, o que a torna uma das figuras mais completas da indústria audiovisual brasileira.
Já a atriz Marcélia Cartaxo, que se eternizou como Macabéa em “A Hora da Estrela”, será agraciada com o Troféu Oscarito. Com mais de 40 anos de atuação no cinema, sua performance no clássico de 1985 lhe rendeu o Urso de Prata em Berlim. Desde então, Marcélia consolidou seu espaço em filmes como “Pacarrete” e “O Céu de Suely”, demonstrando talento e longevidade artística.
Série sobre AIDS ganha exibição especial e emociona plateia
Entre as estreias que despertam grande interesse está a série “Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente”, dirigida por Marcelo Gomes e Carol Minêm. Com exibição do primeiro episódio no dia 16, no Palácio dos Festivais, a produção mergulha no Brasil dos anos 1980, durante a epidemia de AIDS.
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A trama acompanha um grupo de comissários de bordo que decide agir por conta própria, trazendo clandestinamente o medicamento AZT do exterior, diante da negligência governamental. O elenco conta com nomes de peso como Johnny Massaro, Ícaro Silva e Bruna Linzmeyer.
A obra conquistou prêmios em festivais como o Luna de Valência e recebeu menção honrosa da Queer Media Society no Festival de Berlim. Com estreia marcada para 31 de agosto na HBO Max, é uma coprodução com a Morena Filmes, cuja produção executiva conta com Mariza Leão.
Essa estreia, aliada à presença de Celulari como diretor e à curadoria de Caio Blat, faz da 53ª edição um capítulo renovador da história do Festival de Gramado, com nomes consagrados e novos rumos em foco.

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Fonte: OFuxico