“É um insulto negociar com criminoso, entende o advogado Vandré Prado, primo da servidora do TJ, Juliana Marçal, atropelada e morta pelo agroboy Diego passos, que está foragido desde o dia 22.
Familiares da vítima pedem um “empenho maior” das forças de segurança pública do Acre. Eles tentam, por conta própria, ajudar na localização de Diego, e investigam uma informação “preocupante”: o acusado é irmão de um policial.
“Acreditamos na polícia e na Justiça, mas localizar esse rapaz é o mínimo que se espera para acalantar uma família inteira que sofre e já começa a pensar em impunidade. O Diego terá a oportunidade de se defender, coisa que a Juliano não teve. Ele vai se apresentar quando ele quiser? Isso é um insulto o acusado condicionar a sua apresentação na delegacia a uma possível revogação da prisão. O mandado de prisão é fundamentado, e não se trata de algo solto, vazio. Também é fundamental saber que tipo de apoio o irmão estaria dando a ele. Não temos provas, temos indícios, mas tudo precisa ser esclarecido. Temos informações que são pessoas bem conceituadas, mas uma vida foi tirada em circunstâncias criminosas”, disse Prado.
“Esse rapaz tinha várias opções para sair daquela situação, mas ele escolheu matar uma pessoa inocente que estava ali tentando acalmar as pessoas que brigavam”, concluiu o advogado, que rá pedir que Diego seja levado a Júri Popular.
Diego, por meio de seu advogado, pediu que o mandado de prisão seja revogado. O Ministério Público, consultado pelo TJ, opinou pela manutenção da ordem de prisão, e o juiz do caso deve se manifestar nesta terça-feira.
Foto: Diário Expresso