A CSN anunciou nesta quinta-feira (31) que reduziu sua participação na rival Usiminas para 7,92% do capital social após vendas de ações da companhia na véspera.
A empresa afirmou que vendeu 35.192.508 ações ordinárias e 27.336.139 ações preferenciais da Usiminas aos preços do fechamento do pregão da terça-feira.
A CSN não informou quanto levantou com as vendas dos papéis, mas segundo cálculos da Reuters o valor foi de cerca de R$ 263 milhões. A ação preferencial PNA da Usiminas encerrou na terça-feira cotada a R$4,20 e o papel ordinário a R$4,22, segundo dados da LSEG.
A companhia também não se manifestou sobre o motivo para a venda das ações quando questionada pela Reuters.
Em fevereiro deste ano, a Justiça de Minas Gerais determinou um salto na multa diária que a CSN foi condenada a pagar por não ter se desfeito até meados do ano passado das ações da rival. O aumento da penalidade poderia passar de R$1 bilhão no final de agosto. A CSN vinha recorrendo da decisão.
Com as operações de quarta-feira, a CSN citou que sua participação nas ações ON da Usiminas caiu para 10,13% enquanto nas preferenciais a fatia foi reduzida a 5,08%.
No início do ano, a participação da CSN na Usiminas era de cerca de 13%, segundo dados da LSEG.
A CSN começou a montar posição na rival na década de 2010. O Cade já determinou a venda de papéis da Usiminas pela CSN e tem na pauta da próxima semana análise de caso envolvendo as duas companhias.
A CSN não informou qual era o tamanho de suas participações na rival pouco antes das vendas dos papéis.
A Usiminas produz aços planos, usados em grande parte pelas indústrias automotiva e de máquinas e equipamentos. Além da CSN, a Usiminas disputa o mercado brasileiro com a ArcelorMittal e mais recentemente com a Gerdau.
Até julho de 2013, a CSN era a maior acionista individual da Usiminas, com 14,1% das ações ordinárias e 20,7% das preferenciais, num total de 17,4% do capital total, segundo dados do Cade.
No final daquele mês, a ação PN da Usiminas valia R$ 6,67 e a ON R$ 6,94, de acordo com a LSEG.
Executivos da CSN têm afirmado há anos que a empresa tem intenção de vender as ações da Usiminas detidas pela empresa, em meio a uma longa campanha da companhia para reduzir seu nível de endividamento.
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