Dívida pública federal sobe e chega a R$ 7,9 tri em junho, diz Tesouro

A dívida pública federal (DPF) cresceu 2,77% e ficou em R$ 7,88 trilhões em junho, após registrar R$ 7,67 trilhões em maio. É o que diz o relatório mensal da dívida pública federal (RMD) publicado nesta segunda-feira (28/7) pelo Tesouro Nacional.

Segundo o Tesouro, esse desempenho da dívida pública ocorreu devido à emissão líquida no valor de R$ 159,19 bilhões e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 53,52 bilhões.

Com esses dados, o estoque da dívida pública federal encerrou o mês de junho fora dos limites previstos no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2025, com variação de R$ 8,1 trilhões a R$ 8,5 trilhões no ano.

O prazo médio da DPF, intervalo médio em que o governo leva para refinanciar a dívida pública, diminuiu de 4,20 anos em maio para 4,14 anos em junho — ficando no limite do intervalo estipulado pela PAF 2025 (entre 3,8 anos e 4,2 anos).

Entenda a dívida pública federal

  • A dívida pública federal é contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal (quando a máquina pública acaba gastando mais do que arrecada).
  • As principais formas de classificá-la são: quanto à forma utilizada para o endividamento e quanto à moeda na qual ocorrem os fluxos de recebimento e pagamento da dívida.
  • A emissão líquida é a diferença entre o valor de títulos da dívida pública emitidos pelo governo federal e o valor dos títulos resgatados (isto é, comprados de volta pela União).
  • Apropriação positiva de juros acontece quando o governo obtém um retorno maior com os investimentos em títulos em comparação com os juros pagos aos detentores da dívida pública.
  • Em 2024, o estoque da dívida pública federal somou R$ 7,3 trilhões. O resultado ficou dentro dos limites previstos no Plano Anual de Financiamento (PAF) do ano passado.

Composição da dívida

Quase metade da dívida pública está atrelada à taxa básica de juros, a Selic, que se encontra em patamar mais restritivo (15% ao ano). Em junho, a composição da DPF ficou da seguinte forma:

  • Taxa Flutuante (Selic): 48,2%;
  • Índices de Preços (IPCA): 26,5;
  • Prefixados (com rendimento definido no momento da emissão): 21,6%; e
  • Câmbio (dólar/real): 3,8%.
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O maior detentor da dívida pública é o grupo Instituições Financeiras, que aumentou em junho. O estoque passou de R$ 2,2 trilhões para R$ 2,4 trilhões. A participação do grupo subiu para 31,3%.

A participação da Previdência Social na DPF recuou para 23,09%. No entanto, o estoque cresceu em R$ 12,81 bilhões, totalizando R$ 1,75 trilhão no mês.

Confira os demais detentores:

  • Fundos de Investimento têm participação de 22,14%, com estoque de R$ 1,68 trilhão.
  • Não-residentes têm participação de 9,84%, com estoque de R$ 745,9 bilhões;
  • Seguradoras têm participação de 3,67%, com estoque de R$ 277,97 bilhões;
  • Governo tem participação de 3%, com estoque de R$ 227,67 bilhões; e
  • Outros têm participação de 6,96%, com estoque de R$ 527,88 bilhões.

Colchão da dívida pública federal

A reserva de liquidez (o chamado “colchão”) da dívida pública — recursos presentes na Conta Única do Tesouro Nacional (CTU), no Banco Central (BC), para pagar a DPF — apresentou aumento em junho em comparação a maio.

O colchão expandiu 19,64% em junho, passando de R$ 861,3 bilhões para R$ 1,03 trilhões. Atualmente, o valor em caixa é suficiente para quitar 8,44 meses de vencimentos de títulos.



Fonte: Metrópoles

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