Do agro à indústria, empresas têm vendas aos EUA suspensas antes de tarifas

Às vésperas de entrar em vigor a tarifa de 50% prometida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, empresas brasileiras do agronegócio à indústria têm contratos de exportação suspensos e embarques de mercadorias ao país norte-americano cancelados.

Um dos setores que já admite perdas é o de pescados. O presidente da Abipesca (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), Eduardo Lobo, disse em entrevista à CNN que “todos os embarques de mercadorias foram suspensos e pedidos foram cancelados”.

“Em vigorando a taxa de 50% ninguém vai exportar e a cadeia produtora vai travar”, completou o executivo.

Relata situação semelhante o segmento madeireiro. Paulo Roberto Pupo, superintendente da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), disse à CNN que “há alguns contratos cancelados e uma série de embarques postergados até que a situação da tarifa se defina”.

“Em função disso, várias empresas já estão diminuindo produção, cortando turnos e várias já têm anúncio de férias coletivas”, concluiu.

Já importadores norte-americanos de ferro-gusa — matéria-prima para o aço — anunciaram a suspensão de contratos com fornecedores do Brasil, segundo Fernando Varela, presidente do Sindifer (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo).

Apesar de o cancelamento de pedidos ainda não estar na mesa, Varela ressalta que empresários encaram a proximidade do prazo e a falta de resolução com temor. “Está chegando o dia e até agora não foi vista uma ação concreta de negociação por parte do governo”, opinou.

No segmento de suco de laranja, não há relatos de cancelamentos de embarque ou suspensão de contratos, segundo um representante setorial consultado pela CNN. O relato, contudo, é de que a negociação de novas vendas estão paralisadas enquanto há incertezas sobre as taxas.

Nem todos os segmentos de exportação relevante aos EUA relatam impacto, contudo. Representantes dos setores de café e de carne bovina disseram à CNN que ainda não há registro de suspensão de contratos ou cancelamentos de embarques.

O setor produtivo, por meio de associações e entidades representativas, vem pedindo ao governo federal pragmatismo nas negociações com os EUA e a extensão do prazo para o início da vigência da taxa. Auxiliares de Donald Trump reiteraram nos últimos dias que os 50% valerão em 1º de agosto.

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