O Ministério da Fazenda subiu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2,4% para 2,5% em 2025. A revisão está relacionada à resiliência do mercado de trabalho no segundo trimestre.
Segundo a Fazenda, o desempenho do mercado de trabalho no período levou à “expectativa de desempenho melhor que o inicialmente esperado para o consumo das famílias nos próximos meses, apesar da política monetária restritiva”.
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Os dados sobre o avanço da economia brasileira fazem parte do Boletim Macrofiscal de junho, divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, nesta sexta-feira (11/6).
O Macrofiscal é um relatório bimestral responsável por divulgar as projeções de curto e médio prazo para os indicadores de atividade econômica e de inflação, utilizados no processo orçamentário da União.
Vale destacar que as projeções ainda não consideram os impactos potenciais da elevação na tarifa de importação dos Estados Unidos (EUA) para o Brasil de 10% para 50%. A Fazenda entende que o impacto da medida deve ser concentrado em alguns setores específicos e pode influenciar “pouco” a estimativa de crescimento em 2025.
Para a SPE, a carta de Donald Trump “justifica a decisão por razões apenas políticas, gerando grande insegurança”. A secretaria ainda informou que as “incertezas quanto aos rumos da economia mundial permaneceram elevadas”.
O PIB
- O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano.
- Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom, enquanto um recuo implica encolhimento da produção econômica da nação.
- A estimativa do Banco Central (BC) para o crescimento do país neste ano é de 2,1%.
- Para o mercado financeiro, o PIB do Brasil avançará 2,23% em 2025.
- Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, ante crescimento de 3,2% no ano anterior.
O PIB do 2º tri para a Fazenda
A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre, com destaque para o bom desempenho da agropecuária. A expectativa da Fazenda é de que o PIB do segundo trimestre desacelere em comparação ao período anterior.
Segundo o Macrofiscal, a previsão é de que a economia avance apenas 0,6% na margem. “Na comparação trimestral, o PIB agropecuário deverá cair, enquanto o ritmo de atividade na indústria e em serviços deve aumentar”, informou a SPE.
Pela ótica da demanda, a Fazenda projeta que haverá um arrefecimento no ritmo de expansão da absorção doméstica, inclusive com recuo do investimento, e de contribuição positiva do setor externo.
Outras projeções para 2025 e 2026
2025
- PIB real: 2,5%
- IPCA (inflação) acumulado: 4,9%
- INPC acumulado: 4,7%
- IGP-DI acumulado: 4,6%
2026
- PIB real: 2,4%
- IPCA (inflação) acumulado: 3,6%
- INPC acumulado: 3,3%
- IGP-DI acumulado: 5%
Economia no primeiro trimestre
Os dados referentes ao desempenho da economia brasileira foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB avançou 1,4% no primeiro trimestre deste ano.
A agropecuária teve o melhor desempenho no trimestre, com incremento de 12,2% na economia brasileira. Na sequência, constam os serviços (0,3%), com alta moderada. Enquanto isso, a indústria (-0,1%) não teve variação significativa.
Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 2,9%. À época, o resultado foi puxado pelo comércio. No acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB registrou elevação de 3,5%.
Em valores correntes, o PIB acumulou R$ 3 trilhões entre janeiro e março, sendo:
- R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos; e
- R$ 431,1 bilhões de Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.
Fonte: Metrópoles