O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou “extremistas” da sociedade brasileira e cobrou que eles deveriam defender a soberania nacional. “Seria bom que os setores extremistas da sociedade brasileira que concorreram para esse resultado se desmobilizassem nos Estados Unidos e passassem a defender o interesse nacional”, afirmou o auxiliar do presidente Lula (PT) nesta quinta-feira (10/7).
Haddad aponta que tem a expectativa de que, diante da taxação imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil, a extrema-direita procure corrigir o “estrago que fez”.
“O filho do ex-presidente na República, Jair Bolsonaro, nos Estados Unidos, celebrando a decisão tomada e ameaçando o Brasil com novas decisões a partir de 1º de agosto. Então, me parece assim, que não se trata nem de pedir uma investigação. A pessoa declaradamente está agindo contra os interesses nacionais”, acusou Haddad, fazendo referência ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente mora nos EUA.
Para ele, Eduardo foi responsável por “gestar” essa retaliação ao Brasil pessoalmente. “Isso realmente deveria indignar a todos nós brasileiros”, disse.
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Haddad ainda afirmou que será formado um grupo de trabalho com o ministro do Desenvolvimento, Industria e Comércio (MIDC), Geraldo Alckmin, para analisar a Lei de Reciprocidade. “Mas nós esperamos que até lá, esse tipo de atitude seja repensado, pelas vias diplomáticas e pela desistência dos setores de extrema-direita do Brasil em atacar a soberania nacional”, disse.
O ministro disse, ainda, que governos vão passar, mas a boa relação entre os países deve continuar. Ele lembrou que o impasse pode ser resolvido diplomaticamente nas próximas semanas.
Fonte: Metrópoles