IBGE: desemprego cai para 5,8% em junho e registra mínima histórica

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,8% no trimestre encerrado em junho, após subir 7% no trimestre imediatamente anterior (de janeiro a março). Esta é a menor variação registrada em toda a série histórica, iniciada em 2012.

Também foram recordes a taxa de participação na força de trabalho (62,4%), o nível de pessoas com trabalho (58,8%) e o contingente de pessoas com carteira assinada, que chegou a 39 milhões.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (31/7). A partir deste mês, o IBGE incorpora nos cálculos da Pnad Contínua os resultados colhidos no último Censo Demográfico, realizado em 2022.

Segundo, Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, “o crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”.

Desemprego em 2024

  • No ano passado, a quantidade de pessoas desocupadas (que não estavam trabalhando e que procuravam por emprego) totalizou 7,4 milhões e foi o menor contingente em uma década, ou seja, desde 2014 (7 milhões).
  • O nível de ocupação (percentual de pessoas em idade apta a trabalhar) de 2024 foi estimado em 58,6% e ultrapassou o recorde anterior de 2013, quando o índice era de 58,3%.
  • Em 2024, o país teve 103,3 milhões de pessoas trabalhando — novo recorde dentro da série iniciada em 2012.
  • O Brasil criou 1,69 milhão de empregos formais (com carteira assinada) em 2024. Esse número representa alta de 16,5% em comparação a 2023, quando foram criados 1,45 milhão de postos desse tipo.

Desemprego caiu e emprego subiu, diz IBGE

A população desocupada (quem não estava trabalhando e procurava por emprego) caiu 17,4% no trimestre, totalizando 6,3 milhões desempregados no país. Em relação ao mesmo período de 2024, recuou 15,4% (menos 1,1 milhão de pessoas).

Do outro lado da balança, a população ocupada (ou seja, em idade apta para trabalhar) foi recorde na série histórica, crescendo 1,8% no trimestre e 2,4% no ano.

O nível de subutilização (14,4%) foi o mais baixo da série histórica da Pnad Contínua, recuando 1,5 ponto percentual frente ao trimestre anterior (15,9%).

No trimestre, a população subutilizada — pessoas que não trabalham, nem estão procurando emprego, mas têm podem trabalhar — somou 16,5 milhões. No entanto, esse grupo caiu na comparação trimestral (-9,2%) e anual (-11,7%).

A população desalentada (quem desistiu de procurar emprego devido à dificuldade em encontrá-lo) caiu no trimestre e no ano, com taxas de 13,7% e 14% respectivamente. São 2,8 milhões de desalentados (2,5%).

Leia também

Confira os principais destaques da Pnad Contínua:

  • Nível de ocupação: 58,8% (recorde)
  • População ocupada: 102,3 milhões (recorde)
  • Taxa de subutilização: 14,4% (mais baixa de série – recorde)
  • População subutilizada: 16,5 milhões
  • População desalentada: 2,8 milhões
  • Empregados no setor privado: 52,6 milhões
  • Empregados com carteira de trabalho no setor privado: 39 milhões (recorde)
  • Empregados sem carteira de trabalho no setor privado: 13,5 milhões
  • Empregados no setor público: 12,8 milhões (recorde)
  • Trabalhadores por conta própria: 25,8 milhões
  • Taxa de informalidade: 37,8%
  • Trabalhadores informais: 38,7 milhões

Empregados com carteira assinada atingem pico histórico

Em ritmo de alta no trimestre e no ano, a quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor privado cravou recorde na série histórica: 39 milhões. No trimestre avançou 0,9% e no ano 3,7%.

O total de empregados sem carteira assinada no setor privado, de 13,5 milhões, também subiu na comparação trimestral (2,6%), mas manteve estabilidade na anual (ou seja, 0%).

O número de pessoas no setor público (12,8 milhões) mostrou aumento de 5% no trimestre e expansão de 3,4% no ano. O contingente foi recorde da série.

A taxa de informalidade (proporção de trabalhadores informais na população ocupada) foi de 37,8%, o que corresponde a 38,7 milhões de trabalhadores informais no país. O índice foi inferior ao verificado no trimestre anterior (38%) e no de 2024 (38,7%).

Conforme o IBGE, a queda na informalidade aconteceu apesar da elevação de 2,6% do contingente de pessoas sem carteira assinada, acompanhada da alta de 3,8% do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ (mais 256 mil) na comparação trimestral.

Massa de rendimentos atinge marca histórica

Os desempregados receberam, em média, R$ 3.477 por mês no trimestre encerrado em junho, recorde na série histórica. O IBGE classifica isso como rendimento médio habitual, que subiu 1,1% na comparação ao trimestre e 3,3% no ano.

A massa de rendimento, soma dos valores recebidos por todos os trabalhadores, também atingiu recorde dentro da série iniciada em 2012, com R$ 351,2 bilhões. A massa cresceu 2,9% no trimestre e 5,9% no ano.

“O resultado recorde da massa de rendimento é consequência da significativa expansão da ocupação no trimestre, acompanhada de crescimento do rendimento médio real dos trabalhadores”, observa Beringuy.

Reponderação dos dados com base no Censo 2022

Leia o informe do IBGE na íntegra:

“A partir hoje, 31 de julho de 2025, as estimativas dos trimestres móveis da PNAD Contínua foram atualizadas e reponderadas, para refletir as novas estimativas populacionais do IBGE, baseadas no Censo 2022.

As populações utilizadas no cálculo dos fatores de expansão da PNAD Contínua foram atualizadas, mantendo-se a metodologia anteriormente adotada para as datas de referência da pesquisa. Mais detalhes sobre essa reponderação estão na nota técnica, aqui“.



Fonte: Metrópoles

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