O Sistema Único de Saúde (SUS) dará um passo significativo na ampliação das opções contraceptivas para as mulheres brasileiras. O Ministério da Saúde anunciou que irá disponibilizar o implante contraceptivo hormonal, conhecido como Implanon, nas unidades básicas de saúde a partir do segundo semestre de 2025.
Com um investimento estimado em R$ 245 milhões, o programa prevê a distribuição de 1,8 milhão de dispositivos, sendo 500 mil ainda este ano. A portaria que oficializa a medida deve ser publicada nos próximos dias, marcando um avanço importante na política de planejamento familiar do país.
Eficácia e benefícios do Implanon
O Implanon é considerado um método contraceptivo de alta eficácia, com duração de três anos. Além de prevenir a gravidez não planejada, o Ministério da Saúde afirma que o acesso a este contraceptivo contribuirá para reduzir a mortalidade materna, especialmente entre mulheres negras.
A médica ginecologista Carla Zucchi explica o mecanismo de ação do implante: “O Implanon, além de bloquear a ovulação, também modifica o muco do colo do útero e o endométrio, o que o torna um método tão eficaz e seguro”.
Impacto na saúde pública
A implementação do Implanon no SUS representa uma opção adicional importante no arsenal de métodos contraceptivos disponíveis. “É um passo muito importante porque oferece mais uma alternativa para as mulheres”, afirma Zucchi, destacando que nem todas as mulheres se adaptam aos métodos já oferecidos, como pílulas e injetáveis.
Com esta iniciativa, o Ministério da Saúde busca ampliar o acesso a métodos contraceptivos modernos e eficazes, promovendo a autonomia reprodutiva das mulheres e contribuindo para a redução de gestações não planejadas no país.