O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse nesta terça-feira (29) que as exigências de países do Ocidente sobre o programa nuclear de seu país são uma desculpa para confrontar a República Islâmica.
A declaração foi feita um dia depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou que pode fazer novos ataques se Irã reiniciar o programa nuclear.
“O programa nuclear, o enriquecimento, os direitos humanos são todos desculpas… O que eles querem é sua religião e seu conhecimento”, afirmou Khamenei.
Trump fez a ameaça de atacar o Irã novamente enquanto conversava com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, no seu resort de golfe Turnberry, na costa oeste da Escócia.
O Irã, que nega estar tentando desenvolver uma arma nuclear, insiste que não desistirá do enriquecimento doméstico de urânio, apesar dos bombardeios de três instalações nucleares — Fordow, Isfahan e Natanz.
Trump afirmou aos repórteres que o governo iraniano tem enviado “sinais desagradáveis” e que qualquer esforço para reiniciar o programa nuclear será imediatamente anulado.
“Nós acabamos com as possibilidades nucleares deles. Eles podem começar de novo. Se fizerem isso, vamos acabar com tudo mais rápido do que vocês conseguem apontar o dedo”, disse o presidente dos EUA.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, ressaltou que o país está totalmente ciente do impacto do que ele chamou de agressão americano-israelense em ambos os lados, e alertou que qualquer repetição de tais ações levaria a uma resposta decisiva.
“Se a agressão se repetir, não hesitaremos em reagir de maneira mais decisiva e de uma forma que será impossível encobrir”, postou Araghchi no X, sem fornecer mais detalhes.