A Marcopolo apresentou resultados expressivos no segundo trimestre, com crescimento de 18% na receita em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O desempenho foi impulsionado principalmente pelo aumento de 22% nas exportações a partir do Brasil e pelo crescimento de aproximadamente 50% nas operações internacionais, destacou o CFO da companhia, Pablo Freitas, em entrevista ao CNN Money nesta quinta-feira (31).
Com presença em seis países além do Brasil, totalizando 11 unidades fabris, a empresa tem conseguido manter margens consistentes em diferentes geografias.
A companhia opera em todos os continentes, exceto Europa, e tem focado em um modelo de negócio que prioriza rentabilidade sobre volume.
Mercado Doméstico e Renovação de Frotas
No mercado brasileiro, mesmo diante do cenário de custos financeiros elevados, a Marcopolo ampliou seu market share em veículos de alto valor agregado, especialmente nos rodoviários double deckers destinados ao turismo.
A empresa observa um retorno significativo da população ao transporte público após a pandemia. A renovação das frotas no Brasil, que não ocorria de forma expressiva desde 2013-2014, começa a ganhar novo impulso.
As grandes prefeituras estão trabalhando na modernização do transporte público, enquanto o setor rodoviário tem investido em serviços diferenciados, oferecendo maior conforto aos passageiros com poltronas especiais e serviços premium.
Perspectivas e Desafios
Em relação aos desafios externos, a operação no México tem demandado maior atenção devido a impactos no ambiente produtivo local, com alguns adiamentos na renovação de frotas.
No entanto, a empresa mantém perspectivas positivas, especialmente considerando o potencial de renovação de frotas em mercados importantes como Brasil, Argentina e Austrália.
Publicado por João Nakamura, da CNN, em São Paulo
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