A Microsoft deve assinar o código de conduta da União Europeia (UE) que ajuda empresas a cumprirem as novas regras do bloco sobre inteligência artificial, de acordo com o presidente da empresa.
Elaborado por 13 especialistas independentes, o código de conduta é voluntário e busca oferecer segurança jurídica aos signatários.
As empresas que aderirem terão que publicar resumos do conteúdo usado para treinar seus modelos de IA de uso geral e implementar uma política de conformidade com a legislação de direitos autorais da União Europeia.
Código de conduta de inteligência artificial
O código faz parte da Lei de IA, que entrou em vigor em junho de 2024 e se aplica a empresas como Alphabet, dona do Google; Meta, dona do Facebook; além de OpenAI, Anthropic, Mistral e milhares de outras companhias.
“Acho provável que assinemos. Precisamos ler os documentos”, disse Brad Smith, presidente da Microsoft, à Reuters nesta sexta-feira (18).
“Nosso objetivo é encontrar uma forma de colaborar, e uma das coisas que realmente valorizamos é o engajamento direto do Escritório de IA com o setor”, afirmou, referindo-se ao órgão regulador europeu responsável pela área.
A Meta, por sua vez, reiterou suas críticas ao código.
“A Meta não irá assiná-lo. Esse código introduz diversas incertezas jurídicas para os desenvolvedores de modelos, além de medidas que vão muito além do escopo da Lei de IA”, escreveu Joel Kaplan, chefe de assuntos globais da empresa, em uma publicação no LinkedIn.
Segundo Kaplan, a empresa compartilha das mesmas preocupações de um grupo de 45 companhias europeias.
“Compartilhamos a preocupação de que esse exagero regulatório possa sufocar o desenvolvimento e a aplicação de modelos avançados de IA na Europa, além de prejudicar empresas europeias que buscam construir seus negócios com base nesses modelos”, afirmou.