Os aspectos das unhas não se tratam apenas de uma questão de vaidade, mas sim de saúde. Foi o que garantiu a médica Dra. Ana Luisa Vilela, em entrevista à reportagem do portal LeoDias.
“Alterações no leito ungueal (a região sob a unha também conhecido como meia-lua) podem indicar uma série de problemas de saúde sistêmicos, dermatológicos ou nutricionais. A unha é uma estrutura que responde a alterações metabólicas, vasculares, hormonais e nutricionais do corpo. Por isso, mudanças em sua cor, forma, espessura ou textura devem ser observadas com atenção”, iniciou a profissional de saúde.
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Segundo ela, a cor pálida ou sem vida pode sugerir anemia ferropriva (deficiência de ferro), insuficiência cardíaca, diabetes e hepatopatias. Normalmente, esta alteração está associada a doenças que diminuem a perfusão sanguínea (o que mantém o sangue fluindo para todas as partes do corpo).
“Quando a unha está azulada, pode ser por hipóxia (falta de oxigênio) que pode ser causada por doenças pulmonares crônicas (DPOC) ou insuficiência cardíaca congestiva. Quando o leito (parte) da unha apresenta depressões transversais, podemos associar a estresse sistêmico grave, febre alta, quimioterapia, infecções, desnutrição”, continuou.
Ainda podem indicar eventos abruptos, como infecções graves sistêmicas, que interrompem a matriz da unha, coloração amarelada. Existe também o quadro chamado de Síndrome das Unhas Amarelas (que pode apontar linfedema, derrame pleural (acúmulo de líquido ao redor dos pulmões)), psoríase ou doenças hepáticas, analisou a médica.
De acordo com a Dra., as linhas brancas pareadas podem refletir deficiência proteica em alguns casos, porém tem que se considerar que o uso sistemático de esmaltes pode também alterar a textura e a coloração da unha.
Cada dedo representa um órgão?
“A ideia de que cada dedo da mão se correlaciona a órgãos internos é popular em medicinas tradicionais como a chinesa, ayurvédica e reflexologia, mas não tem embasamento científico robusto na ocidental baseada em evidências. Ou seja, a ciência médica ocidental não reconhece ligação direta entre dedo e órgão”, afirmou.
Ela garante que é seguro dizer que essas conexões podem ter valor terapêutico simbólico, mas não substituem diagnóstico clínico ou exames objetivos.
“Durante a cirurgia, pedimos que o paciente não utilize esmalte para verificar, através das unhas, uma série de sinais, inclusive ligados à oxigenação do corpo. Unhas com aspecto quebradiço e frágil e de cor leitosa denunciam déficit de vitaminas e minerais, além de outros problemas”, finalizou.
Fonte: Portal LEODIAS