O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou duramente a postura da família Bolsonaro em meio às recentes tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros. Para ele, os vídeos e as atitudes dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lembram cenas de filmes de sequestradores.
“Eu vi os vídeos dos filhos dele [Jair Bolsonaro]. Parece aqueles vídeos de filmes de sequestradores. O cara começa a estipular a condição e diz: ou você só me paga, ou faz o que eu quero, pago o preço, ou vocês vão sofrer as consequências. Parece vídeo de sequestrador que impõe às famílias condições para devolver o seu ente querido”, disse o ministro neste domingo (13).
O aumento das tarifas foi anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por meio da rede social Truth Social. Em uma carta divulgada na plataforma, Trump diz que a retaliação econômica é uma forma de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, comemorou a medida.
Para Rui Costa, a postura dos Bolsonaro ultrapassa limites éticos e políticos. “O que me entristece é ver brasileiros eleitos pelo povo trair o seu povo e defender outra nação, outro governo, em detrimento do nosso país”, afirmou.
O ministro ainda lembrou os impactos da gestão Bolsonaro durante a pandemia e criticou o que chamou de “postura de sequestrador por parte da família deles”:
“Com certeza ficará registrado na história como uma lembrança triste, como ficou o governo deles. A lembrança que o povo tem é um governo que levou a 700 mil mortes de covid porque ele pregava outro absurdo que era não usar máscara, não se vacinar. E agora a gente está vendo coisa até pior, uma postura de sequestrador por parte da família deles”, frisou.
A reportagem procurou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para comentar as falas de Rui Costa, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.