Pela 1ª vez na história da medicina, robô faz cirurgia guiada por IA sem ajuda de humano

Uma nova era da medicina cirúrgica começou a ser desenhada nos Estados Unidos. Pela primeira vez, um robô controlado por inteligência artificial realizou uma cirurgia de remoção de vesícula biliar sem qualquer intervenção humana. A façanha, ocorrida na Universidade Johns Hopkins, marca um ponto de virada na aplicação da IA em ambientes clínicos complexos.

A máquina responsável pela operação, um sistema de última geração chamado SRT-H, conduziu o procedimento com precisão e controle comparáveis aos de médicos experientes. A tecnologia, desenvolvida ao longo de anos e baseada em modelos de aprendizado de máquina similares aos do ChatGPT, surpreendeu até os pesquisadores mais otimistas.

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Homem passa por cirurgia após inserir coco verde no ânusImagem gerada por IA
Reprodução educacaomedica.afya.com.br
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Foto: Juo-Tung Chen/Universidade Johns Hopkins
Pela primeira vez na história da medicina um robô guiado por inteligência artificial fez uma cirurgia completa sem ajuda de humanoFoto: Juo-Tung Chen/Universidade Johns Hopkins

Segundo Axel Krieger, um dos principais nomes por trás do projeto, a inovação rompe paradigmas: “Esse avanço nos leva de robôs que realizam tarefas cirúrgicas específicas para robôs que realmente compreendem os procedimentos cirúrgicos. Essa é uma distinção crítica de que nos aproximamos significativamente de sistemas autônomos clinicamente viáveis, capazes de atuar na realidade confusa e imprevisível do cuidado real com pacientes”.

A técnica utilizada, chamada colecistectomia, remove a vesícula, órgão responsável por armazenar bile, localizada sob o fígado. Apesar de não envolver um corpo vivo, a intervenção foi feita em tecidos humanos reais, extraídos previamente, em uma série de testes que operaram oito vesículas ex vivo.

Antes de realizar a cirurgia de forma autônoma, o robô passou por uma extensa fase de treinamento. Em 2023, a equipe da Johns Hopkins programou o sistema para executar tarefas fundamentais, como sutura, manuseio de agulhas e levantamento de tecidos. O próximo passo foi fazê-lo assistir a vídeos de cirurgias reais acompanhadas de legendas explicativas.

O robô também foi exposto a situações controladas com elementos inesperados: mudança de posição inicial, alterações visuais por meio de corantes semelhantes ao sangue e modificações na aparência dos tecidos. A intenção era avaliar como o sistema reagiria diante de obstáculos imprevisíveis.

E os resultados impressionaram. Durante o procedimento, o tempo de execução foi superior ao de um cirurgião humano, mas o nível de sucesso foi absoluto. “Assim como os residentes em cirurgia muitas vezes dominam diferentes partes de uma operação em ritmos distintos, este trabalho ilustra o potencial de desenvolvimento de sistemas robóticos independentes de forma igualmente modular e progressiva”, explicou Jeff Jopling, cirurgião e coautor do estudo publicado na Science Robotics.

O grande diferencial do SRT-H está em sua capacidade de interpretar e adaptar-se em tempo real. Durante as operações, o robô recebeu comandos de voz da equipe médica, que funcionaram como instruções pontuais. “Mova o braço esquerdo para a esquerda” é um exemplo dessas orientações que ajudaram o sistema a refinar seus movimentos e decisões.

Os criadores explicam que o robô não apenas responde, mas aprende com o feedback recebido, ajustando seu comportamento às variações anatômicas de cada paciente. “Nosso trabalho mostra que modelos de IA podem ser confiáveis o suficiente para a autonomia cirúrgica, algo que antes parecia distante, mas agora é demonstravelmente viável”, afirmou Ji Woong Kim, um dos autores da pesquisa e atualmente ligado à Universidade Stanford.

A iniciativa não surgiu do zero. Três anos antes, uma versão anterior chamada STAR já havia feito história ao realizar uma laparoscopia em um porco, sendo a primeira cirurgia autônoma em animal vivo. Na época, a atuação da IA era limitada a um roteiro rígido e pré-programado. Agora, a tecnologia amadureceu: Krieger exemplifica que era como ensinar o robô a dirigir em uma rota cuidadosamente mapeada, enquanto agora ele navega “por qualquer estrada, em qualquer condição, respondendo de forma inteligente a tudo o que encontrar”.

Apesar de ainda estar em fase de testes e validação, o desempenho do robô em situações realistas, com obstáculos visuais, posições alteradas e tecidos imprevisíveis — reforça o potencial de aplicação clínica. “O robô atuou com calma durante todos os testes, com a expertise de uma experiência de operação humana, mesmo diante de cenários inesperados típicos de emergências médicas reais”, afirmaram os pesquisadores.



Fonte: Portal LEODIAS

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