Teoricamente, Jorge Viana é quem tem maiores estruturas e poder institucional no terceiro mandato de Lula. O petista dirige APEX – uma agência com poderes de ministério, com escritórios em mais de 15 países e um orçamento milionário. Já Perpétua Almeida (PCdoB) é diretora da ABDI, responsável por fomentar a indústria tecnológica, cuja estrutura é limitada.
Mas a ex-deputada se torna, dentre as lideranças de esquerda, um marco na economia acreana ao apostar na organização dos plantadores de café, cultura que tomou de conta do Acre e promete alavancar o setor e empregar muita gente. A comunista prova, discretamente, que o foco na missão dá resultados – com possíveis dividendos política a ela em 2026 – enquanto Viana patina no discurso, viaja muito, tem sua gestão sob suspeita e prioriza a construção partidária temendo ser mais uma vez derrotado nas eleições majoritárias do próximo ano.
Viana não foi na inauguração, que teve autoridades dos três poderes e mais de mil pessoas ligadas diretamente ao cultivo do café no Juruá.
Sobre a Coopecafé
O último dia 28 foi histórico para a economia do Juruá: a inauguração do Complexo Industrial de Café da Agricultura Familiar do Juruá, o maior da região norte, tem a marca da coragem e ousadia de Perpétua e promete ser a mão amiga do governo para centenas de pessoas que apostaram nesse tipo de cultura. A Cooperativa dos plantadores de café- Coopecafé – é sediada em Mâncio Lima e oferece aos associados as máquinas modernas do mercado para processar e ensacar os grãos. Tudo de graça para os produtores. O investimento supera os R$ 10 milhões.
O complexo industrial conta com tecnologia limpa e prevê a utilização de energia 100% solar. O projeto visa atender as demandas de limpeza, processamento, secagem, lavagem e estocagem do café, impulsionando a capacidade de produção e beneficiando mais de 200 mil pessoas na região.
O feito deixou muitos companheiros do PT enciumados, mas obrigados a engolir a seco.
No Instagram, perpétua registrou:
No Acre, plantar café dá certo, mesmo quando parece dar errado”. Foi assim que o Sr. Hélio, que tem 68 anos e muita determinação, definiu a cafeicultura na região.
Fui conhecer de perto seu cafezal: 7 hectares, 22 mil pés de café e uma história de superação. Sozinho, ele transformou a terra em sustento e orgulho para sua família. 🌱💪
Uma lição de que resiliência e trabalho duro geram bons frutos