O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, criticou a União Europeia por destinar recursos financeiros à Ucrânia no que chamou de “guerra invencível”.
Orban afirmou que Kiev perdeu a guerra para a Rússia, assim como a Europa, mas “ninguém tem coragem de admitir”.
De acordo com relatórios recentes, a UE está considerando a criação de um fundo no valor de 100 bilhões de euros para apoiar despesas do governo ucraniano.
O plano, que ofereceria uma combinação de subsídios e empréstimos a juros baixos, deverá ser votado ainda este mês e poderá começar a ser distribuído já em 2028, no âmbito do próximo quadro orçamental de sete anos da UE.
A Hungria, no entanto, manifestou forte oposição à proposta. Orbán disse que esses recursos deveriam ser direcionados para esforços diplomáticos em prol da paz.
Para o premiê, as estratégias econômicas e militares da UE estão sendo lideradas por posicionamentos pró-guerra e acredita que líderes europeus devem reconhecer o “erro estratégico que cometeram”.
Orban afirmou que a força militar não determinará o resultado do conflito, mas sim a diplomacia.
Ele também alertou que a UE já deu apoio financeiro substancial à Ucrânia e que investir mais dinheiro no conflito sem um caminho racional para a vitória baseado na lógica militar e política é uma prática “irresponsável”.
“É hora de os diplomatas retornarem à mesa de negociações e trabalharem pela paz”, disse Orban.