PT tenta acordo com centrão sobre revisão de benefícios fiscais

O deputado Rogério Correia (PT-MG) busca costurar um acordo entre o governo federal e o centrão no projeto de lei que trata da revisão de benefícios fiscais.

No entanto, há dúvidas se ele continuará na relatoria do texto, se for analisado diretamente no plenário.

A votação de um pedido para a tramitação em regime de urgência do texto está prevista na pauta do plenário da Câmara dos Deputados desta terça-feira (1º).

Se aprovado o requerimento, o projeto poderá ser votado direto no plenário da Casa, sem passar pelas comissões temáticas. Correia é relator da matéria na Comissão de Finanças e Tributação.

A definição da relatoria em plenário deve passar pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A revisão de benefícios fiscais é uma das prioridades do PT e do Ministério da Fazenda. Para petistas, é possível tentar costurar um texto que seja um meio-termo entre governistas e Centrão.

Além disso, acreditam ser uma oportunidade para tentar acalmar os ânimos diante dos embates entre o Planalto e Congresso por conta da situação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O mesmo viés de arranjo ainda poderia ser aplicado no projeto da reforma do Imposto de Renda, cuja relatoria está com o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), avaliam.

O projeto da revisão dos benefícios fiscais veio como uma resposta de líderes partidários do Centrão e da oposição na Câmara numa tentativa de demonstrar que também buscarão rever despesas após série de críticas de membros do governo.

Para o grupo — que conta com pastas na Esplanada —, o Planalto tenta enquadrar o Congresso como o responsável pelo aumento de gastos e taxações.

Ainda assim, os lulistas não vão abrir mão do discurso da justiça tributária, do “andar de cima contra o andar de baixo”. Avaliam que a fala acena à base social e eleitoral do mandatário, e que, com isso, podem recuperar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O PT investiu na narrativa nas redes sociais ao longo do final de semana — estratégia reforçada nesta segunda (30) pelos ministros da Fazenda e da Secretaria de Relações Institucionais.

A crise entre os Poderes é agravada pela judicialização do IOF. Governistas veem uma antecipação da disputa eleitoral de 2026. Defendem ser um direito do presidente da República ir à Justiça para explicar a posição do Planalto na questão do IOF, não uma afronta. Mesmo assim, falam em esfriar os ânimos e em evitar que o conflito se torne um embate direto entre os Poderes.

O Supremo Tribunal Federal vai analisar qual poder teria extrapolado as atribuições constitucionais. Se a Presidência da República ao redigir o decreto com o aumento do IOF ou se o Congresso ao derrubar o texto presidencial.

O ministro da Corte Gilmar Mendes recebeu por sorteio a ação movida pelo PSOL contra a derrubada do decreto. No entanto, pediu que fosse redistribuída a Alexandre de Moraes, que já é relator de ação do PL contra a alta do IOF. A intenção é evitar decisões contraditórias sobre o tema.

Enquanto isso, Hugo Motta saiu às redes para bater de frente com o governo. Ele negou que o Planalto tenha sido pego de surpresa e criticou o discurso do governo de criar uma polarização social.

“Quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos. […] Capitão que vê barco ir em direção ao iceberg e não avisa não é leal, é cúmplice. E nós avisamos ao governo que essa matéria de IOF teria muita dificuldade de ser aprovada no Parlamento”, disse.

O vídeo foi bem-visto por líderes do Centrão, que vinham se ressentindo em como o presidente da Câmara nem sempre se posicionava publicamente em defesa dos interesses da Casa.

Numa frente para tentar melhorar a relação com o Congresso, o Planalto busca acelerar o pagamento de emendas parlamentares. Só nos últimos 15 dias, foram R$ 2,2 bilhões. O valor pago neste ano saltou de R$ 6,32 bilhões até 15 de junho para R$ 8,58 bilhões até sábado, dia 28.

O parasita de píton que foi encontrado vivo no cérebro de humana

No início de 2021, uma jovem de 21 anos, moradora do sudeste de Nova Gales do Sul, na Austrália, começou a sentir dores no...

Para evitar surtos de sarampo, governo implementa vacina dose zero

O Brasil registrou 22 casos de sarampo em 2025, sendo 17 deles relacionados a um surto em uma comunidade rural no município de Campos...

Conmebol toma decisão após confusão generalizada na Sul-Americana

A partida válida pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana entre Independiente x Universidad de Chile, nessa quarta-feira (20/8), foi...