Ao participar do canal de Catia Fonseca no YouTube, Regina Duarte criticou abertamente a decisão da TV Globo de reeditar sucessos do passado.
Desse modo, a atriz se mostrou incomodada com o atual remake de “Vale Tudo”, novela que protagonizou entre 1988 e 1989. De acordo com ela, refazer histórias consagradas representa uma deslealdade com os artistas que marcaram época.
Taís Araújo procurou Regina Duarte para falar sobre remake
Questionada sobre a onda de remakes que tomou conta da emissora, Regina avaliou que tramas pouco expressivas poderiam ser revisitadas. Entretanto, ela deixou claro que regravar novelas de grande audiência desrespeita o trabalho original.
“Você tá falando remake, quer dizer o quê? Uma coisa que fez sucesso lá trás tá sendo refeita agora. Eu acho uma traição aos atores”, disparou, primeiramente.
Em seguida, justificou o incômodo: “Uma coisa que não deu muito certo, que foi mais ou menos, ok. Quer refazer e aprimorar? Mas uma coisa que foi bem feita, bem recebida, 100% de audiência, ah gente!”.
Ainda na conversa, comemorou a possibilidade de rever os antigos folhetins por meio de plataformas digitais: “Hoje, você entra lá e pode ver cenas dessa novela que tá sendo refeita agora… Eu acho um privilégio viver num mundo em que o que eu fiz há 20 anos atrás tá disponível hoje”.
Regina Duarte impõe condição para voltar a atuar na Globo
Mesmo com críticas à emissora, Regina Duarte afirmou que não descartaria um retorno às novelas. No entanto, impôs uma condição: só aceitaria atuar novamente se fosse em uma nova produção escrita por Manoel Carlos.
A atriz, aliás, interpretou três das célebres Helenas do autor: “História de Amor”, “Por Amor” e “Páginas da Vida”. Ao recordar os trabalhos com Maneco, como é conhecido, declarou: “Olha, com Maneco eu faria qualquer coisa. Se fosse o Maneco, com quem eu fiz três Helenas, fiz outras coisas também, eu não pestanejo. Maneco tem um entendimento do ser humano que é muito raro”.
Manoel Carlos, atualmente com 92 anos, está afastado da televisão por questões de saúde. Diagnosticado com Parkinson, ele vive recluso desde sua aposentadoria.
Simpatizante e amiga de Bolsonaro
Distante das novelas, Regina assumiu o cargo de secretária especial da Cultura entre março e junho de 2020. Ela revelou o que motivou sua entrada no governo federal.
“Era o Bolsonaro me chamando, um homem que eu admirava e continuo admirando”, afirmou. Durante o curto período no cargo, tentou levar outros artistas para a pasta, mas recebeu recusa: “Nenhum amigo quis. Eram pessoas que eu achava que podiam contribuir comigo”, lamentou em seguida.
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Apesar das dificuldades, definiu a experiência como enriquecedora. Ao comentar sobre os bastidores de Brasília, contou:
“Foi importante para a minha vida ver como funciona o jogo político, o chamado ‘chão de plenário’. Quando você tem talento, eles te elogiam assim: ‘Você devia se candidatar’”.
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Fonte: OFuxico