Remédio comum para tosse pode retardar demência causada pelo Parkinson

Uma substância comum em xaropes para tosse, o ambroxol, apresentou sinais de que pode retardar a progressão da demência em pessoas com doença de Parkinson. Um estudo clínico ainda em estágio inicial, publicado em junho na revista JAMA Neurology, demonstrou benefícios cognitivos e estabilidade nos sintomas psiquiátricos, sem efeitos colaterais graves, com o uso do medicamento.

A pesquisa foi conduzida por cientistas do Lawson Research Institute, vinculado ao St. Joseph’s Health Care London, no Canadá. Durante 12 meses, os pesquisadores acompanharam 55 pacientes com demência causada pela doença de Parkinson, condição que provoca perda de memória, confusão, alucinações e alterações de humor. Metade dos participantes recebeu ambroxol diariamente e a outra metade, placebo.

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Segundo o neurologista cognitivo Stephen Pasternak, líder do estudo, o objetivo era encontrar um tratamento que pudesse mudar o curso da demência associada ao Parkinson, condição que afeta cerca de metade dos pacientes diagnosticados em até 10 anos. “Este estudo inicial traz esperança e fornece uma base sólida para pesquisas maiores”, afirmou o médico em entrevista para o site Science Daily.

Demência causada pela doença de Parkinson

  • A doença de Parkinson pode levar à demência, embora não seja um sintoma primário e ocorra geralmente em estágios mais avançados da doença.
  • A demência da doença de Parkinson é uma das complicações mais severas do quadro neurológico, mas não acontece com todos os pacientes.
  • Os tratamentos disponíveis buscam controlar sintomas, mas não conseguem impedir o avanço da doença no cérebro.
  • O ambroxol é um medicamento comum em xaropes para tosse e mostrou potencial para proteger o cérebro de danos.

O ambroxol auxilia na ação de uma enzima essencial chamada glicocerebrosidase (GCase), produzida pelo gene GBA1. Em pessoas com doença de Parkinson, os níveis de GCase costumam ser baixos. Quando essa enzima não funciona corretamente, resíduos se acumulam nas células cerebrais, causando danos ao órgão.

Entre os resultados, o grupo que tomou ambroxol manteve estáveis os sintomas psiquiátricos e pacientes com variantes genéticas de alto risco (GBA1) apresentaram melhorias cognitivas. Além disso, o marcador de dano cerebral chamado GFAP aumentou no grupo placebo, mas permaneceu estável nos pacientes tratados, mostrando o efeito protetor do remédio.

Apesar de já ser aprovado na Europa para doenças respiratórias e usado com segurança há décadas, o ambroxol ainda não é autorizado para nenhum uso no Canadá ou nos Estados Unidos. A equipe planeja um novo estudo, maior e focado na cognição, para confirmar os resultados.

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Fonte: Metrópoles

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