O Flamengo foi condenado, em primeira instância, pela Justiça do Trabalho (TST), a reintegrar o ex-segurança Benedito Ferreira ao quadro de funcionários em até cinco dias, além de pagar uma indenização que soma, pelo menos, R$ 600 mil. A decisão foi publicada nesta terça-feira (3/7) e confirmada pelo Metrópoles.
Benedito atuou no resgate de vítimas durante o incêndio no Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019, que resultou na morte de dez jovens atletas da base rubro-negra. O juiz responsável pelo caso determinou o pagamento de R$ 100 mil por danos morais e R$ 500 mil por danos materiais, além de pensão vitalícia até os 78 anos.
O processo surgiu no mesmo ano da demissão do profissional, em agosto. Benedito entrou na Justiça contra o clube carioca alegando direitos trabalhistas, previdenciários e cíveis. O ex-segurança pedia uma indenização de R$ 2,5 milhões. Em nota, à época, o clube afirmou que “não existe um motivo especial para a demissão e que ele recebeu todos os direitos trabalhistas”.
Leia também
-
MP pede a condenação de 7 acusados por incêndio no Ninho do Urubu
-
Flamengo sela acordo com última vítima de incêndio no Ninho do Urubu
-
Tragédia do Ninho do Urubu vira documentário na Netflix
-
Flamengo é condenado a pagar R$ 3 mi a família do caso Ninho do Urubu
Segundo o processo, a principal reclamação de Benedito era que o clube não teria comunicado ao INSS o afastamento em decorrência do trauma vivido no dia da tragédia do Ninho. O laudo pericial apresentado na ação aponta que o ex-segurança sofre de transtorno depressivo, transtorno de adaptação e transtorno de pânico, com agravamento do quadro e presença de ideação suicida.
Até o momento da publicação desta matéria, o Flamengo ainda não se pronunciou sobre o caso.
Fonte: Metrópoles