O governo sírio afirmou que suas forças de segurança interna começaram a se deslocar para Sweida neste sábado (19), enquanto a presidência apelava a todas as partes para que respeitassem o cessar-fogo após os conflitos na área predominantemente drusa, que deixaram centenas de mortos.
Em um comunicado, a presidência síria anunciou um cessar-fogo imediato e ordenou que as partes se comprometam e encerrarem as hostilidades em todas as áreas imediatamente.
O porta-voz do Ministério do Interior do país afirmou no início deste sábado que as forças de segurança interna começaram a se deslocar para Sweida, no sul da Síria.
O enviado dos EUA, Tom Barrack, anunciou na sexta-feira (18) que a Síria e Israel concordaram com um cessar-fogo. Israel interveio no conflito no início desta semana, atingindo forças do governo e o prédio do Ministério da Defesa em Damasco, ao declarar apoio à minoria drusa.
Barrack, que é embaixador dos EUA na Turquia e enviado de Washington para a Síria, disse que Israel e Síria concordaram com o cessar-fogo, apoiado pela Turquia, Jordânia e países vizinhos.
A província síria de Sweida foi assolada por quase uma semana de violência, que começou com confrontos entre combatentes beduínos e facções drusas, antes de atrair forças de segurança do governo enviadas à região por Damasco.
Barrack afirmou que Israel e Síria concordaram com um cessar-fogo e pediu aos drusos, beduínos e sunitas que deponham suas armas “e, juntamente com outras minorias, construam uma nova e unida identidade síria”.
Israel afirmou que pretende proteger a minoria drusa síria, ao mesmo tempo em que afirma querer que as áreas do sul da Síria próximas à sua fronteira permaneçam desmilitarizadas. O presidente interino, Ahmed al-Sharaa, acusou Israel de tentar semear a divisão entre os sírios.
Na sexta-feira, uma autoridade israelense disse que Israel concordou em permitir que as forças sírias tenham acesso limitado à área de Sweida pelos próximos dois dias.