O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quarta-feira (30/7), que as conversas com os Estados Unidos, no âmbito do tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras, melhoraram nesta semana. Ele ainda criticou alimentar uma “tensão” entre os países e defendeu o diálogo.
“Quer dizer, não faz sentido alimentar essa tensão. Brasileiros lá [nos Estados Unidos] alimentarem essa tensão”, avaliou Haddad a jornalistas na entrada do Ministério da Fazenda.
Segundo o ministro, a tensão que existe na negociação com os EUA se dissipará e dará espaço à racionalidade. “Nós vamos chegar a um denominador [comum nas tratativas]”, reforçou ele.
“Se depender do Brasil essa tensão desaparece, porque ela é artificial. É reproduzida por pessoas do próprio país”, disse em referência aos parlamentares brasileiros que atuam nos EUA para buscar sanções contra o Judiciário e o governo federal.
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Haddad também afirmou que as negociações com a Casa Branca melhoraram nesta semana. “As conversas estão evoluindo e, na minha opinião, vão continuar evoluindo, independentemente da decisão que for tomada no dia 1º [de agosto]. Ela não vai significar o fim, o término. É o começo de uma conversa”, pontuou ele.
Tarifaço de Trump contra o Brasil
O Brasil foi o parceiro comercial mais afetado pelas tarifas unilaterais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com uma tarifa de 50%. A sobretaxa tem previsão para entrar em vigor nesta sexta-feira (1º/8).
Com o tarifaço, diversos setores produtivos podem ser afetados, com destaque para agricultura e indústria de produção. De acordo com dados oficiais, cerca de 12% das exportações brasileiras têm como destino o mercado norte-americano.
Entre os principais produtos exportados para os Estados Unidos estão: óleos brutos de petróleo, ferro, aço, celulose, café, suco de laranja, carne bovina, aeronaves e máquinas para o setor de energia.
Fonte: Metrópoles