Não é segredo para ninguém que o ex-presidente Jair Bolsonaro é um forte adepto da velha política do “toma lá – dá cá”, mas a prática tão repudiada em sua própria campanha eleitoral de 2018 ganhou um contorno bem mais nítido para a corrida presidencial: o escancaramento.
Nada de novo em suas contradições, que passam desapercebidas por aqueles que ainda o chamam de “mito”. Agora, porém, Bolsonaro sente a pressão de sua inelegibilidade ao ter que anunciar aquele – ou aquela – que herdará seu eleitorado e, portanto, seu poder político.
Lealdade? Não. Quer em troca o indulto presidencial. Se o nome escolhido ganhar a almejada cadeira, terá que perdoá-lo.
Foi nesse contexto que um dos cotados para sucedê-lo na presidência e, ao que parece, na ideologia, fez uma forte defesa do ex-presidente em seu mais recente ato público na Avenida Paulista, em São Paulo.
Com uma presença reduzida para os padrões anteriores do bolsonarismo, o governador Tarcísio de Freitas criticou o governo Lula e se referiu a Bolsonaro como “o maior líder político da história”.
O que falta, então? Falta coragem para respeitar o próprio eleitorado e falar publicamente que vai conceder o perdão ao seu – já podemos afirmar – padrinho político?
Confira análise no trecho abaixo:
Fonte: Metrópoles