Já vou iniciar dando a resposta: sim, Bolsonaro, é pedir muito. Chega a ser abusivo achar que fazer o povo brasileiro de refém da chantagem de Trump para te livrar de responsabilidades, é pouco. Bom, sigamos!
Em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (17), Bolsonaro falou sobre sua relação com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e se disponibilizou para negociar o tarifaço de 50% aplicado sobre produtos brasileiros – que é atrelado a uma chantagem do presidente para beneficiar Bolsonaro, no que chamou de “caça às bruxas”.
Já a “boa vontade” do ex-presidente está diretamente ligada a disponibilização de seu passaporte por Lula, atual presidente. Bolsonaro acredita que teria mais sucesso do que o governo nas negociações com os EUA para reverter a sanção. E mais, acredite se quiser: acha que a anistia pedida por Trump tem que ser colocada na balança, que é um preço baixo a pagar para voltar à normalidade.
Aproveitou para fazer um afago no aliado, Tarcísio de Freitas, que sofreu ataques do filho Eduardo Bolsonaro, e tentou reverter a imagem negativa: “não tem ataque à soberania nacional, o Brasil está deixando de ser soberano economicamente – tem que parar de atacar o Trump”.
Por Lula foi, claro, chamado de “patriota falso” durante o 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune), realizado na capital de Goiás:
“Manda o filho dele – ‘vai lá, pede pro Trump me absolver’ (ironiza) – e fica abraçado na bandeira americana, esse patriota falso. A bandeira verde e amarela vai voltar a ser do povo brasileiro. O Bolsonaro que se abrace com a bandeira americana, transfira seu título e vá votar lá”
Guga e Ricardo Noblat comentam os vídeos com as falas de Bolsonaro e Lula e o cenário político no programa, que vai ao ar todo dia das 17h às 18h, no YouTube. Para Ricardo, Trump, Bolsonaro e outros, estão colocando a bola na marca do pênalti, tirando o goleiro e gritando “chuta a bola, Lula”. Confira:
Fonte: Metrópoles