Cria do skateboarding de Brasília, Felipe Gustavo retornou à cidade natal para viver momentos vitoriosos. A capital federal recebeu, pela primeira vez, uma etapa da Street League Skateboarding (SLS) e o campeão masculino foi o próprio anfitrião.
Em entrevista ao Metrópoles, o brasiliense contou sobre a experiência de retornar aos palcos em que começou a jornada no esporte, destacou a importância da chegada da SLS ao Distrito Federal e ainda compartilhou detalhes da competição.
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Felipe conquistou o título na última trick
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Felipe Gustavo foi nascido e criado em Brasília
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O skatista é o principal nome do skateboarding no DF
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Felipe foi o primeiro skatista do mundo a competir em pistas olímpicas. Ele inaugurou o circuito do Street nos Jogos de Tóquio 2020 e descreveu a oportunidade como a “cereja do bolo” para o crescimento pessoal no esporte. “Eu já era o Felipe Gustavo, mas me colocou em outro patamar. A olimpíada trouxe visibilidade para que as pessoas vissem que o skate é legal e não é marginalizado”, explicou o atleta.
Felipe não escondeu a felicidade de ter sido escolhido anfitrião e ter deixado a marca na edição. Além de ter competido com atletas brasileiros e internacionais, o atleta conseguiu a nota mais alta do torneio, 9.4, e ainda se consagrou campeão. O jovem ainda reiterou o sonho que tinha por um título em casa.
A nota que parecia alta, não o assustou. Pelo contrário, mesmo quando ouviu que o necessário para vencer era 9.4, sentiu a certeza que iria vencer. “Já passei por muitos momentos de pressão, mas acredito que só acaba quando na última manobra”, falou Felipe levando em conta a fé pessoal.
De volta às terras do “Bochecha”
Longe da competitividade de Brasília desde 2007, quando se mudou sozinho para os Estados Unidos, quando tinha 16 anos, para investir na carreira. Felipe era conhecido como Bochecha nas ruas do Setor Bancário, onde costumava praticar o esporte. Morando em Los Angeles desde então, o atleta afirma que as mudanças com relação ao tratamento do skate no Brasil são claramente visíveis.
Segundo ele, as diferenças são positivas. “O progresso que eu tinha quando era adolescente é completamente diferente de como é hoje em dia. A tecnologia, vídeos, fazem com que tudo se torne mais acessível e visível”, apontou.
Os próximos passos de Felipe Gustavo
O campeão da SLS falou sobre interesse em ganhar mais títulos, mas pontuou outro foco pessoal. “Quero ter uma carreira sólida. Muita gente chega no topo muito fácil, mas o difícil é continuar no topo”.
Ele destacou os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 como a principal meta de competição, mas, antes disso, afirmou que pretende competir em outros circuitos. Nesta linha, Felipe confirmou que a SLS retornará a Brasília em 2026 e a expectativa é de que o evento, que este ano reuniu mais de 14 mil pessoas, seja ainda maior.
Brasília no mapa dos skatistas
Esta foi a primeira vez que a capital do país recebeu um evento internacional de Skate. Para Felipe, este era o passo necessário para que a cidade começasse a ter outros grandes eventos da modalidade.
“Brasília é um lugar acessível, tem estados como Goiás e Minas Gerais perto. A maioria dos eventos ocorrem em São Paulo e Rio de Janeiro e muitas pessoas não têm oportunidade de ir”, explicou o skatista.
Ele falou que o resultado foi além do imaginado em relação ao interesse do público.
“Acho que o que faltava para o Skateboarding de Brasília era isso. Foi histórico. Eu fui ao Setor Bancário ontem e tinha mais de 100 pessoas andando de skate lá”, completou.
Fonte: Metrópoles