Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, afirmou nesta quarta-feira (30) que o Poder Judiciário do Brasil é independente e que não se curvará a pressões externas.
A declaração é feita no dia em que o governo dos Estados Unidos anunciou a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
Autoridades americanas acusaram o magistrado de realizar uma “caça às bruxas”, praticar censura e violar direitos humanos. Além disso, na justificativa para a imposição de sanções, citaram os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Mais cedo nesta quarta, Vieira se encontrou com Marco Rubio, chefe da diplomacia dos EUA, em Washington.
Sem citar a aplicação da sanção contra Moraes, o ministro disse à imprensa que enfatizou ao governo americano “que é inaceitável e descabida a ingerência na soberania nacional no que diz respeito a decisões do poder judiciário do Brasil, inclusive a condução do processo judicial no qual é réu o ex-presidente Bolsonaro”.
Outra medida adotada pelo governo de Donald Trump foi a oficialização da tarifa de 50% contra uma lista de produtos brasileiros.
“Nesse sentido, o governo brasileiro se reserva o direito de responder às medidas adotadas pelos Estados Unidos”, pontuou o chanceler.