Vírus da herpes modificado reduz melanoma avançado em ensaio clínico

Pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia (EUA) anunciaram resultados promissores de um ensaio clínico em fase 1-2 usando um herpesvírus modificado, denominado RP1, para combater melanomas (um tipo grave de câncer de pele) que não respondem a tratamentos tradicionais. Os dados foram apresentados na reunião anual de 2025 da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em 8 de julho.

O tratamento consistiu em injeções de RP1 aplicadas diretamente nos tumores de 140 pacientes. Foram usadas tanto injeções superficiais quanto profundas, incluindo em órgãos como fígado e pulmões. As doses eram aplicadas a cada duas semanas, por até oito ciclos, em combinação com o imunoterápico nivolumabe.

Os resultados superaram expectativas: 90% dos participantes apresentaram redução de pelo menos 30% no tamanho dos tumores. Notavelmente, tumores que não receberam a injeção também encolheram, apontando para um efeito sistêmico que reforça a ação do sistema imunológico contra o câncer em todo o corpo.

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A publicação mostra que a terapia foi bem aceita, sem causar herpes nos pacientes, pois o vírus foi geneticamente modificado para eliminar genes responsáveis por causar lesões cutâneas e, ao mesmo tempo, ativar a resposta imune contra o câncer.

Vírus é esperança contra o melanoma

Em janeiro de 2025, a Food and Drug Administration dos EUA (FDA) concedeu prioridade de revisão para RP1 em conjunto com o nivolimabe, dado seu potencial em casos refratários à imunoterapia convencional. Agora, uma terceira fase do estudo já foi iniciada, envolvendo mais de 400 pacientes, com previsão de decisão regulatória até 22 de julho de 2025.

Segundo o oncologista Gino Kim In, principal pesquisador do estudo, as descobertas são muito encorajadoras. “O melanoma é o quinto tipo de câncer mais comum em adultos, e cerca de metade de todos os casos avançados não podem ser controlados com os tratamentos de imunoterapia disponíveis atualmente”, explica em comunicado.

Se aprovada, a RP1 em conjunto com nivolumabe pode se tornar uma alternativa salvadora para quem enfrenta melanomas avançados e resistentes.

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Fonte: Metrópoles

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