O técnico Abel Ferreira negou que “debochou” dos protestos da torcida do Palmeiras na eliminação para o Corinthians, nesta quarta-feira (6).
De acordo com o treinador, as palmas foram um pedido de apoio ao torcedor, que o xingava e pedia sua saída no Allianz Parque. Naquela altura da partida, o jogo já estava 2 a 0 para o arquirrival. O Timão avançou às quartas de final da Copa do Brasil.
Perguntado sobre o futuro no clube paulista, Abel Ferreira se esquivou e disse que o assunto será abordado “no momento certo”. O português tem contrato com Palmeiras até dezembro deste ano.
“Olha, sinceramente, não é a altura certa para pensar (no futuro do clube). Esse não é o momento. Registrei o que ouvi, em momento algum ironizei, só pedi apoio. Espero apoio dos nossos torcedores. Estamos num momento difícil, perdemos um jogo para um rival. Desde que estou aqui, pouco ou nada ganharam. Aprendi a ser palmeirense, mas como homem que sou também tenho sentimentos. Pedi apoio aos nossos torcedores”, disse, antes de completar:
“Entendo perfeitamente a cobrança. Cabe a nós ir atrás de manter o fogo na fogueira. Esse clube estava desorganizado, sem rumo, com dívidas e mudamos. Temos que continuar juntos, como fizemos nesses últimos cinco anos. Estamos a ser vítimas do próprio sucesso e isso é normal. Temos que perceber aquilo que queremos. Na altura certa, no momento certo, faremos aquilo que foi o melhor para o Palmeiras”, analisou.
O comandante português foi muito criticado pela torcida palmeirense. No momento em que recebeu as ofensas, Abel Ferreira aplaudiu de maneira irônica. Veja no vídeo abaixo!
Foram apenas dez minutos de coletiva no Allianz Parque, nos quais Abel disse estar focado nos próximos objetivos do Palmeiras na temporada. A equipe ainda está viva no Brasileirão e na Copa Libertadores.
O Verdão volta a campo no domingo (10), novamente no Allianz Parque, quando receberá o Ceará em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro.
Veja outros pontos abordados na coletiva de Abel Ferreira
Expulsão de Aníbal Moreno
“Não sou muito de atirar pedras, porque é um jogo feito de acertos e desacertos. E às vezes no momento da adrenalina às vezes passamos do limite e foi isso que se passou infelizmente. Mas mesmo com um jogador a menos acredito que era possível dar a volta a isso, mas infelizmente não aconteceu”
Cabeça fria?
“Acho que estamos a fazer uma análise muito em cima do momento, mas entendo as críticas que nos passam agora. Se nos lembrarmos que antes do jogo do Flamengo estávamos em primeiro no campeonato, em primeiro na Libertadores, fomos à final do Paulista, tínhamos ganho três ou quatro Paulistas seguidos. Saídas e entradas, vendas, mais de 20 jogadores. E sempre fomos conseguindo organizar a equipe.
Agora, quando se fala em cima de um Dérbi, eu disse aos jogadores, a fogueira está aí a arder. Acredito que muita gente queira continuar a colocar lenha na fogueira, mas vamos continuar fazendo o que sempre fizemos, não altero uma vírgula do que disse. É uma equipe jovem mas com maturidade também, tem muito potencial e nosso intuito é tirar esse potencial”
Momento do Palmeiras
“Há dois meses, antes do Mundial, estávamos em primeiro em tudo: no Campeonato Brasileiro, na Libertadores, mas é estranho que quando chegas depois do Mundial que fizeste, começas a sentir que andasse a tentar criar assuntos e dizer que o Mundial foi um desastre.
Sim, é duro, duro perder para o nosso rival: agora cabe aos nossos torcedores se querem comparar com nosso rival ou seguir nosso caminho. Pedi o apoio, mas entendi a cobrança desilusão e tristeza dos nossos torcedores”
Substituições
“A troca (Vitor Roque por Flaco López) é muito simples. Vimos que uma das formas de fazer gol era na bola parada e entendi que (deveria colocar) Flaco e Emiliano. Facundo e Roque estavam bem, mas acreditamos que em função de ter um a menos, o desgaste de ir atrás de um resultado contra, a arma das bolas paradas poderia ser importante. O treinador está aqui para tomar decisões e vocês têm todo direito de analisar da forma que quiserem”
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