John Textor está tentando recomprar o Botafogo, mas o processo está dando o que falar nos bastidores. O investidor esbarra em condições da Eagle Football Holdings, empresa que já comandou, mas, atualmente, é administrada por outros empresários.
O fundo de investimento Ares e Michelle Kang, diretora à frente do Lyon e, como consequência, da própria Eagle, não querem vender o Botafogo para John Textor. Ambos veem conflito de interesses na negociação.
Todo o imbróglio gerou uma série de dúvidas, que serão respondidas pela CNN.
Textor, Eagle e Botafogo
A Eagle Football Holdings é dona de 90% das ações da SAF do Botafogo. John Textor lidera, mas rompeu com a Ares, principal parceira, por conta do colapso financeiro do Lyon. Michelle Kang, dessa forma, assumiu o clube.
A saída de Textor do Lyon faz parte de uma determinação da Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG), que rebaixou o clube francês à Ligue 2 por falta de garantias financeiras.
O americano também não angariou cifras para compor os 100 milhões de euros investidos no Lyon, outra parte do acordo com a DNCG para manter a equipe na primeira divisão, fato que confirma a ruptura.
Agora, o comando da Eagle quer vender o Botafogo, mas não para o investidor. Nos moldes atuais, Textor atuaria como “comprador e vendedor”, de maneira simultânea, por isso a teoria do conflito de interesses.
Para que a recompra avance, a Eagle pede que Textor deixe o comando da holding. O americano, por sua vez, tenta forçar a operação com uma nova empresa nas Ilhas Cayman e apoio do investidor grego Evangelos Marinakis, dono do Nottingham Forest.
O problema é que, no momento, as opções que envolvem uma venda separada de John Textor aparecem como improváveis nos bastidores.
O cenário mais atrativo é a venda das ações para uma terceira parte, mas ele envolveria problemas judiciais da SAF e captação de compradores, algo que não funcionaria dentro do tempo hábil que a Eagle espera na negociação.
Os investidores também cogitaram manter o Botafogo na holding, retirando, apenas, John Textor do poder. O empresário americano, contudo, está alinhado com o clube associativo, que deseja a sua permanência.
Tanto que a própria SAF do Botafogo conseguiu, na Justiça do Rio, a manutenção de John Textor no poder, alegando uma dívida de quase R$ 150 milhões com a Eagle Football Holdings.
Apesar da vitória momentânea, o clube carioca se vê com as mãos atadas, já que, sem a Eagle, John Textor não está conseguindo movimentar o dinheiro como fazia. Quem sofre, nesse caso, é o Glorioso.
Dessa forma, o futuro do Botafogo vive momento de impasse, e as próximas semanas serão fundamentais para entender os passos da SAF.
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