O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quarta-feira (20/8) um alívio de US$ 2,6 bilhões nas tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações de aço e alumínio. O alívio resulta de uma mudança nas regras de taxação pelo governo de Donald Trump.
Nessa terça-feira (19/8), o Departamento de Comércio norte-americano incluiu todos os produtos derivados de aço ou alumínio na Seção 232 do Ato de Expansão Comercial, que unifica essas tarifas para o mundo todo. Segundo Alckmnin, os produtos incluídos representam 6,4% das exportações.
“Máquinas, equipamentos, motocicletas, tudo que tem aço ou alumínio. Não é o produto que entrou na 232, é o conteúdo de aço e o conteúdo de alumínio que entrou na 232. É só o conteúdo”, explicou ele no Congresso, após a entrega do pacote de medidas para estimular o comércio exterior.
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De acordo com ele, a mudança melhora a competitividade brasileira na área industrial. “Então, se eu vendo uma máquina que tem aço, essa parte do aço, nós ficamos igual o mundo inteiro, porque entra na seção 232. Um instrumento domiciliar, como garfo, faca, tudo que tiver alumínio”, disse ele.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, taxou produtos brasileiros em 50% com a justificativa de que os EUA tem déficit comercial – quando se compra mais do que se vende – com o Brasil. No entanto, a relação dos países é superavitária – quando se vende mais do que se compra – para os EUA há anos, o que para integrante do governo torna a tarifa injustificável.
Desde o anúncio da taxação, o governo brasileiro tem tentado mediar uma negociação com a Casa Branca, no entanto, não tem percebido interesse em diálogo por parte dos americanos.
Diante das portas fechadas para negociação com o governo brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou um pacote de medidas para socorrer empresas brasileiras que façam comércio com os EUA. A Medida Provisória (MP), chamada de Plano Brasil Soberano, conta com linhas de crédito e ampliação de programas voltados para empresas exportadoras.
Fonte: Metrópoles