O Departamento de Estado dos Estados Unidos não pretende impor novas sanções contra autoridades brasileiras, seja do Supremo Tribunal Federal (STF), da Câmara dos Deputados ou do governo federal, segundo apuração do analista de Internacional da CNN Lourival Sant’Anna.
Embora exista um conjunto de possíveis medidas que poderiam ser aplicadas, como sanções secundárias contra empresas que prestam serviços a Alexandre de Moraes ou retirada de vistos de integrantes do governo, nenhuma dessas ações está sendo preparada no momento.
Tensões diplomáticas
Segundo Lourival, a situação atual reflete apenas advertências verbais da embaixada americana em Brasília, sem indicações de medidas concretas.
No âmbito comercial, o escritório do representante de comércio dos Estados Unidos também não estuda a aplicação de novas tarifas contra o Brasil, diferentemente do que ocorreu com a Índia em relação às importações de produtos russos.
Em meio a esse cenário, observa-se movimentações de diferentes atores políticos.
O presidente Lula realizou contato com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, buscando articular uma mobilização dos Brics para negociações com os Estados Unidos, apesar do grupo não constituir um bloco comercial com tarifas alinhadas.
Por outro lado, Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo articulam encontros com integrantes do governo americano em Washington para discutir a situação política e jurídica do Brasil. Essas ações de ambos os lados sugerem uma tendência à escalada do conflito, embora isso não reflita as diretrizes atuais dos departamentos do governo americano.