O STF (Supremo Tribunal Federal) tem demonstrado sinais crescentes de unidade em relação aos processos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, mesmo diante de eventuais divergências entre seus membros. A avaliação indica uma possível condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com variações apenas na dosimetria das penas. A análise é de Clarissa Oliveira no Bastidores CNN.
Recentemente, foram observados dois episódios de discordância no STF: um embate processual entre Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, e uma divergência pública entre Alexandre de Moraes e André Mendonça durante um evento em São Paulo. No entanto, estas manifestações não parecem afetar significativamente o consenso geral da corte.
As diferenças de opinião são consideradas naturais em um tribunal plural, composto por ministros indicados por diferentes gestões. Mesmo magistrados que ocasionalmente expressam preocupação com possíveis excessos em determinadas frentes já votaram em consonância com Moraes em outras ocasiões.
Existe a possibilidade de divergências específicas quanto à dosimetria das penas, com alguns ministros podendo defender sanções mais brandas. O ministro Luiz Fux, por exemplo, já demonstrou inclinação nessa direção em etapas anteriores. Contudo, o sentimento predominante ainda aponta para um placar favorável à condenação.
A pluralidade de pensamentos dentro do STF é vista como um elemento enriquecedor do colegiado como instrumento jurídico, não sendo esperada uma uniformidade absoluta nas opiniões. É provável que mais ministros se manifestem publicamente sobre o assunto conforme o julgamento se aproxime, seguindo o exemplo de Gilmar Mendes, conhecido por sua abertura à imprensa.