A partir desta quarta-feira (6), os Estados Unidos começaram a aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados, em uma medida que impacta diretamente as relações comerciais entre os dois países. A decisão ocorre em um momento de tensões no comércio internacional, com diferentes países enfrentando sobretaxas americanas.
O mercado financeiro demonstrou relativa estabilidade diante da nova medida. O dólar, que havia atingido R$ 5,60 há duas semanas após o anúncio inicial das tarifas, recuou para R$ 5,50, indicando que os agentes econômicos já haviam precificado o impacto das novas taxas.
Impacto na Europa e Reação Global
As principais bolsas europeias apresentaram reações moderadas à notícia de que a União Europeia enfrentará tarifas de 15%. A maioria dos mercados registrou leves altas, com exceção da bolsa alemã, que apresentou uma pequena queda de 0,2%.
O dólar também mostrou tendência de queda em relação às principais moedas mundiais, incluindo o iene japonês, euro, libra esterlina e dólar canadense, sugerindo que o mercado global está se adaptando às novas dinâmicas comerciais.
Novas Preocupações no Horizonte
Uma possível nova tarifa de 100% sobre países que compram petróleo russo emerge como preocupação adicional para o Brasil, que importa 30% de seus derivados de petróleo da Rússia. Esta medida ainda não está confirmada, mas está sendo monitorada com atenção pelo mercado.
O cenário se complica ainda mais com as negociações em andamento sobre o conflito na Ucrânia. Um ultimato para acordo até sexta-feira foi estabelecido, com a possibilidade de novas sanções não apenas à Rússia, mas também aos países que mantêm relações comerciais com Moscou, incluindo o Brasil, que importa fertilizantes russos essenciais para o agronegócio.